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Untitled - Universidade do Minho

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juntamente com o mestre de noviços. 10 A imposição da limpeza <strong>do</strong> templo decorria, igualmente,<br />

para os noviços da Ordem secular de São Paulo (cf. Livro 3, Cap. 2).<br />

Neste senti<strong>do</strong>, as obrigações destinadas aos noviços demonstravam a necessidade de<br />

confirmar a obediência testan<strong>do</strong> a disposição <strong>do</strong>s pretendentes em se tornarem irmãos terceiros.<br />

As disposições bracarenses, relacionadas ao novicia<strong>do</strong>, também assemelhavam-se muito<br />

aquelas da Ordem Terceira <strong>do</strong> Porto. Nesta instituição, além da obrigação de varrer a igreja<br />

todas as sextas-feiras, salientavam o caráter didático <strong>do</strong> novicia<strong>do</strong>, perío<strong>do</strong> em que o mestre de<br />

noviços deveria explicar a Regra, ou seja, as premissas fundamentais da vivência religiosa <strong>do</strong>s<br />

terceiros franciscanos (cf. Livro 1, Cap. 2). 11<br />

Quan<strong>do</strong> recebiam o hábito, os noviços também deveriam adquirir o compêndio. Esse<br />

constituía-se num livro de pequena dimensão onde constavam diversas informações pertinentes<br />

aos irmãos terceiros. Não foi possível apurar para os terceiros bracarenses qual seria<br />

exatamente o compêndio utiliza<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> somente informa<strong>do</strong> possuir o tal livro uma lista de<br />

indulgências. 12<br />

Apesar da <strong>do</strong>cumentação não identificar o livro utiliza<strong>do</strong>, muitas vezes descrevia gastos<br />

com encadernações, verifica<strong>do</strong>s em diferentes datas (1716, 1723, 1743 e 1745). 13<br />

As despesas com a aquisição de compêndios pela Ordem Terceira, em Braga, não<br />

serviam apenas para atender aos seus associa<strong>do</strong>s. Solicitações para envio de livros tanto para a<br />

Ordem Terceira de Azurara (Portugal) quanto para a instituição congênere <strong>do</strong> Rio de Janeiro<br />

(Brasil) foram atendi<strong>do</strong>s pelos bracarenses. O primeiro pedi<strong>do</strong>, em 1716, foi realiza<strong>do</strong> pelos<br />

irmãos terceiros <strong>do</strong> Brasil que receberam, sem custos, 400 compêndios. A gratuidade destinada<br />

aos seculares <strong>do</strong> além-mar não foi aplicada aos irmãos terceiros portugueses. Esses pagaram,<br />

em 1727, 50 réis por cada compêndio. Foram solicita<strong>do</strong>s 50 livros pela Ordem Terceira de<br />

Azurara, pelos quais dispenderam um total de 2$500 réis. 14 A data <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s compêndios<br />

coincide com o momento de formação da agremiação terciária de Azurara, possivelmente o<br />

10 AOTB, Estatutos da Veneravel Ordem Terceira da cidade de Braga 1742, fl. 80.<br />

11 Estatutos e Regra da Ordem Terceira de São Francisco da cidade <strong>do</strong> Porto. Lisboa: Oficina de Manoel Soares Vivas,<br />

1751. p. 50; EIRAS, José Anibal Guimarães da Costa – Os terceiros franciscanos da cidade <strong>do</strong> Porto (elementos para o<br />

seu estu<strong>do</strong>). Porto: <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> Porto, 1972. Tese de Licenciatura. Policopiada. p. 27.<br />

12 AOTB, Livro da despesa <strong>do</strong> sindico da Ordem Terceira de Braga 1710-1760, fl. 105.<br />

13 AOTB, Livro da despesa <strong>do</strong> sindico da Ordem Terceira de Braga 1710-1760, fls. 5v., 25, 105, 111.<br />

14 AOTB, Livro 2º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fl. 144.<br />

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