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Untitled - Universidade do Minho

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O território da Capitania paulista possuía um capitão-general, como governa<strong>do</strong>r,<br />

nomea<strong>do</strong> pela Coroa. Esse funcionário deveria prestar contas diretamente ao rei e tinha amplos<br />

poderes administrativos.<br />

As descobertas de metais preciosos na Capitania mineira, porém não marcaram o fim<br />

das expedições ao interior em busca de novos veios auríferos. No início <strong>do</strong> século XVIII, os<br />

paulistas, venci<strong>do</strong>s na Guerra <strong>do</strong>s Emboabas, dirigiram seus esforços para o Oeste. Estas<br />

expedições, chefiadas respectivamente por Antônio Pires de Campos e Bartolomeu Bueno da<br />

Silva, encontraram ouro em Cuiabá, em 1716, e nas proximidades de Goiás, em 1725. 975<br />

Os acha<strong>do</strong>s de veios auríferos estimularam, durante toda a primeira metade <strong>do</strong> século<br />

XVIII, a emigração para a América portuguesa. Assim sen<strong>do</strong>, a emigração de portugueses<br />

inicialmente com destino preferencial para a Ásia, começou a se deslocar para a América desde<br />

mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XVI. 976 Contu<strong>do</strong>, o fato propulsor dessa emigração para as terras americanas<br />

foi definitivamente a descoberta de ouro. 977 Neste perío<strong>do</strong>, posterior aos descobrimentos<br />

auríferos, em Minas Gerais e em Goiás, evidencia-se o acréscimo <strong>do</strong> movimento populacional<br />

desencadea<strong>do</strong> pelas correntes migratórias em toda região minera<strong>do</strong>ra e em diversas partes da<br />

América portuguesa.<br />

Em São Paulo, observa-se um crescimento populacional advin<strong>do</strong> com as alterações<br />

provocadas pela mineração. Além <strong>do</strong>s homens que buscavam desbravar matas ou praticar a<br />

mineração fundan<strong>do</strong> novas povoações também partiam da cidade “comerciantes e seus<br />

carregamentos com o intuito de levar gêneros alimentícios, produtos coloniais e importa<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

Reino, animais e escravos africanos aos habitantes das minas.” 978<br />

Neste senti<strong>do</strong>, nas primeiras décadas <strong>do</strong> século XVIII, os paulistanos possuíam ligações<br />

comerciais com diversificadas partes da América portuguesa. Além disso, o crescimento<br />

975 HOLANDA, Sérgio Buarque – História Geral da Civilização Brasileira. Tomo I..., p. 276.<br />

976 RUSSELL-WOOD, A. J. R. – Ritmos e destinos da emigração. In BETHENCOURT, Francisco; CHAUDHURI, Kirti (Dirs.)<br />

– História da Expansão Portuguesa. vol. 2..., p. 125.<br />

977 ALVES, Jorge Fernandes – Os brasileiros da emigração no Norte de Portugal. In ACTAS DO COLÓQUIO REALIZADO<br />

NO MUSEU BERNARDINO MACHADO. Famalicão: Câmara Municipal de Famalicão, 1998. p. 233.<br />

978 BORREGO, Maria Aparecida de Menezes – A teia mercantil: negócios e poderes em São Paulo colonial (1711-<br />

1765)…, p. 18.<br />

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