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Untitled - Universidade do Minho

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Além das datas específicas para as “absolvições gerais”, decorria em to<strong>do</strong>s os segun<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>mingos de cada mês “a razoura em que to<strong>do</strong>s se devem confessar.” 22 A “rasoura” equivalia<br />

às “comunhões gerais” praticadas pelos bracarenses, no terceiro <strong>do</strong>mingo de cada mês (cf.<br />

Livro 2, Cap. 6).<br />

Entre os seculares de Ouro Preto, as “rasouras” decorriam também nos segun<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>mingos de cada mês. Como salientaram em seus estatutos seria prioritária aos irmãos<br />

terceiros a confissão constante, por ser a forma mais apropriada para purificar a alma e evitar<br />

atos pecaminosos. 23<br />

Mensalmente, os seculares franciscanos, de distintos locais, reuniam-se para confessar<br />

e comungar, cumprin<strong>do</strong> uma das determinações <strong>do</strong>s estatutos gerais das Ordens Terceiras de<br />

Portugal (cf. Livro 1, Cap. 2).<br />

Deste mo<strong>do</strong>, a insistência <strong>do</strong> frade mendicante, João Capistrano de São Bento, em<br />

relembrar aos irmãos terceiros a sua obrigação, enumeran<strong>do</strong> as práticas espirituais inerentes à<br />

religiosidade franciscana, também realizadas por outras congregações, atestava o esforço <strong>do</strong>s<br />

religiosos mendicantes em difundir as premissas invocadas no Concílio de Trento, nas<br />

Constituições Primeiras <strong>do</strong> Arcebispa<strong>do</strong> da Bahia (1707) e nos estatutos gerais das agremiações<br />

terciárias.<br />

Os momentos das “absolvições gerais” requeriam <strong>do</strong>s gestores <strong>do</strong> sodalício algum<br />

cuida<strong>do</strong> referente à preparação da capela. A aquisição e a manutenção de confessionários<br />

constituíam-se em ações necessárias para a cerimônia. No dia das “absolvições” deveriam os<br />

irmãos sacer<strong>do</strong>tes “por viscera misericordia Dei nostri, nos queirão ajudar, e promover,<br />

occupan<strong>do</strong> os confessionários, este acto de piedade, para que ven<strong>do</strong> os homens nossas obras,<br />

glorifiquem o nosso Pay, que está nos Ceos.” 24 A capela da Ordem possuía distintos<br />

confessionários, os quais necessitaram de reparos, em 1760. Nestes momentos de abertura a<br />

to<strong>do</strong>s os irmãos, cuidava-se para que nada desmerecesse a instituição promotora <strong>do</strong> ato.<br />

22 AOTSP, Livro de termos e estatuto, fl. 88.<br />

23 Os estatutos da Ordem Terceira de Ouro Preto foram transcritos e analisa<strong>do</strong>s por SOUSA, Cristiano Oliveira de – Os<br />

membros da Ordem Terceira de São Francisco de Assis de Vila Rica: prestígio e poder nas Minas (século XVIII)..., p.<br />

166.<br />

24 AOTSP, Livro da formação <strong>do</strong> patrimonio da capela, fl. 17v.<br />

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