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Untitled - Universidade do Minho

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século, a população bracarense oscilou, contu<strong>do</strong>, estima-se o que em finais de setecentos mais<br />

de 16 mil pessoas habitassem na cidade. 4<br />

Entre os seus habitantes figuravam diversos grupos sociais, tais como nobres, clérigos e<br />

letra<strong>do</strong>s. Estes propiciavam o desenvolvimento <strong>do</strong> comércio e <strong>do</strong>s ofícios mecânicos, por ser a<br />

cidade um grande centro de consumo. 5<br />

Em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XVIII, entre os bracarenses encontravam-se diversos oficiais<br />

mecânicos, os quais se dedicavam a distintas atividades. Entretanto, destacavam-se nas<br />

freguesias urbanas – Sé, São João <strong>do</strong> Souto, São Tiago da Cividade, São Victor, São José de São<br />

Lázaro e Maximinos – sombreireiros, sapateiros, alfaiates, ourives, carpinteiros, torneiros,<br />

vendeiros, serralheiros, escrivães e lavra<strong>do</strong>res, principalmente nas zonas limítrofes. 6 Além<br />

desses trabalha<strong>do</strong>res, os comerciantes colaboravam para a movimentação na cidade, sen<strong>do</strong><br />

mais numerosos nas freguesias de São João <strong>do</strong> Souto, São Victor e Sé. Também, os escrivães<br />

estavam instala<strong>do</strong>s majoritariamente nas áreas ocupadas pelas principais instituições<br />

administrativas e religiosas da cidade, nas proximidades da Sé. O comércio e os presta<strong>do</strong>res de<br />

serviços estavam concentra<strong>do</strong>s nas freguesias centrais, próximos às instituições mais<br />

importantes <strong>do</strong> núcleo urbano.<br />

Desse mo<strong>do</strong>, os oficiais mecânicos se distribuíam de acor<strong>do</strong> com o merca<strong>do</strong> urbano,<br />

localizan<strong>do</strong>-se preferencialmente junto aos grupos que necessitavam de seus serviços e<br />

produtos. Contu<strong>do</strong>, o eleva<strong>do</strong> número de sombreireiros, entre os bracarenses, “só se explica<br />

com a produção para a exportação para merca<strong>do</strong>s mais alarga<strong>do</strong>s, nacional, colonial e mesmo<br />

europeu.” 7<br />

4 A propósito <strong>do</strong>s números referentes a população de Braga, durante o século XVIII, veja-se BANDEIRA, Miguel Sopas de<br />

Melo – O espaço urbano de Braga em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XVIII. Porto: Afrontamento, 2000. pp. 144-145.<br />

5 A respeito da caracterização social e religiosa <strong>do</strong> arcebispa<strong>do</strong> de Braga, ver FERREIRA, Ana Cunha; CAPELA, José<br />

Viriato – Braga Triunfante ao tempo das memórias paroquiais de 1758. Braga: Compolito, 2002. p. 105.<br />

6 A propósito das atividades mecânicas mais destacadas entre os bracarenses consultar GOMES, Paula Alexandra de<br />

Carvalho Sobral – Oficiais e Confrades em Braga no tempo de Pombal (Contributos para o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> movimento e<br />

organização confraternal bracarenses no século XVIII). Braga: <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> <strong>Minho</strong>, 2002. Dissertação de Mestra<strong>do</strong>.<br />

Policopiada. p. 51.<br />

7 GOMES, Paula Alexandra de Carvalho Sobral – Oficiais e Confrades em Braga no tempo de Pombal (Contributos para<br />

o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> movimento e organização confraternal bracarenses no século XVIII)..., p. 58.<br />

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