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Untitled - Universidade do Minho

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durante esse perío<strong>do</strong> dedicavam-se ao Santíssimo Sacramento, a Nossa Senhora <strong>do</strong> Rosário e às<br />

almas <strong>do</strong> purgatório. 983<br />

No que se refere às terras <strong>do</strong> Novo Mun<strong>do</strong>, percebe-se a eficácia da divulgação das<br />

devoções tridentinas, pois Santíssimo Sacramento, Almas e Nossa Senhora <strong>do</strong> Rosário foram os<br />

oragos mais recorrentes nas agremiações de leigos nesse território. 984<br />

Neste senti<strong>do</strong>, o movimento confrarial paulistano estava em consonância com as<br />

disposições tridentinas e, igualmente, enquadrava-se no contexto mais amplo <strong>do</strong>s territórios <strong>do</strong><br />

ultramar, onde essas devoções marcaram a formação dessas associações.<br />

Porém, estas não foram as únicas devoções valorizadas no perío<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> também<br />

bastante difundidas as agremiações dedicadas à generalidade das invocações marianas. A<br />

tendência no aumento <strong>do</strong> número de irmandades com esses oragos decorreu, por exemplo, em<br />

algumas localidades de Portugal, onde durante o setecentos regrediu consideravelmente a<br />

quantidade de confrarias devotas aos santos. 985 As autoridades eclesiásticas eram as<br />

responsáveis por essa mudança no cenário confrarial português, pois promoviam a edificação de<br />

novas agremiações de acor<strong>do</strong> com as devoções mais valorizadas no perío<strong>do</strong>.<br />

Na cidade de São Paulo, a atuação das ordens religiosas influenciou diretamente os<br />

oragos das agremiações, uma vez que as irmandades e as Ordens Terceiras se formaram nas<br />

igrejas conventuais, destacan<strong>do</strong>-se as pertencentes aos beneditinos, franciscanos e carmelitas.<br />

Desse mo<strong>do</strong>, as irmandades de Nossa Senhora <strong>do</strong> Pilar e de Nossa Senhora <strong>do</strong>s<br />

Remédios situavam-se em altares da igreja <strong>do</strong>s beneditinos. Enquanto a irmandade de Nossa<br />

Senhora da Boa Morte ocupava um altar no templo carmelita. 986 A presença dessa irmandade<br />

nas igrejas <strong>do</strong>s religiosos <strong>do</strong> Carmo mostrava-se comum na América portuguesa. Também, em<br />

983 A respeito <strong>do</strong> incentivo das devoções <strong>do</strong> Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora <strong>do</strong> Rosário e Almas <strong>do</strong> Purgatório,<br />

em Portugal, no Perío<strong>do</strong> Moderno leia-se PENTEADO, Pedro – Confrarias. In AZEVEDO, Carlos Moreira. (Dir.) – História<br />

Religiosa de Portugal. vol. 2. Lisboa: Círculo de Leitores, 2000. p. 324.<br />

984 Sobre as confrarias no ultramar veja-se BOSCHI, Caio – A religiosidade laica. In BETHENCOURT, Francisco;<br />

CHAUDHURI, Kirti (Dirs.) – História da Expansão Portuguesa. vol. 2..., p. 424.<br />

985 Sobre o crescimento <strong>do</strong> número de irmandades de invocação mariana durante o século XVIII consultar PENTEADO,<br />

Pedro – Confrarias. In AZEVEDO, Carlos Moreira. (Dir.) – História Religiosa de Portugal. vol. 2..., p. 325.<br />

986 SANTOS, Maria da Conceição – Irmandades e confrarias em São Paulo Colonial..., p. 261.<br />

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