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Untitled - Universidade do Minho

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Torna-se fundamental destacar que as últimas décadas <strong>do</strong> século XVIII as receitas foram<br />

mais elevadas. A ampliação <strong>do</strong>s rendimentos revela a capacidade de recrutar irmãos e angariar<br />

lega<strong>do</strong>s, ou seja, a captação de recursos aumentou no final de setecentos, distinguin<strong>do</strong> a<br />

agremiação paulistana de outras associações de leigos que tiveram suas receitas minoradas<br />

nesse mesmo perío<strong>do</strong>.<br />

Os totais arrecada<strong>do</strong>s nestse perío<strong>do</strong> revelam-se pequenos em também comparação as<br />

receitas da Ordem Terceira <strong>do</strong> Rio de Janeiro. Esta instituição possuiu, , entre 1806 e 1820,<br />

rendimentos anuais nunca inferiores a 10:000$000, atingin<strong>do</strong>, em 1819, um valor superior a<br />

35:000$000. 1245 Tratava-se, por conseguinte, de uma instituição maior, com rendas muito<br />

superiores aos conheci<strong>do</strong>s para a congênere paulistana.<br />

Infelizmente, devi<strong>do</strong> à ausência de estu<strong>do</strong>s monográficos torna-se impossível comparar<br />

as informações compulsadas para a Ordem Terceira de São Paulo com as outras instituições da<br />

cidade.<br />

Porém, destaca-se que a agremiação paulistana possuía modestos cabedais em relação<br />

a sua congênere <strong>do</strong> Rio de Janeiro. Essa diferenciação <strong>do</strong>s rendimentos relaciona-se com a<br />

adapatação <strong>do</strong> sodalício e sobretu<strong>do</strong> com a disponibilidade financeira de seus associa<strong>do</strong>s e da<br />

localidade. Porém, mesmo possuin<strong>do</strong> rendimentos limita<strong>do</strong>s, os seculares franciscanos<br />

conseguiram adequar a sua receita à despesa, possuin<strong>do</strong> sempre sal<strong>do</strong>s positivos. Portanto, a<br />

Ordem Terceira não atravessou perío<strong>do</strong>s de dificuldades financeiras relativos aos custos da sua<br />

manutenção, principalmente das suas cerimônias festivas e religiosas.<br />

Além de observar os montantes totais <strong>do</strong>s rendimentos e das despesas, torna-se<br />

pertinente verificar as fontes da receita e o destino <strong>do</strong>s valores amealha<strong>do</strong>s pela Ordem<br />

paulistana.<br />

1245 A receita da Ordem Terceira <strong>do</strong> Rio de Janeiro foi analisada por MARTINS, William de Souza – Membros <strong>do</strong> corpo<br />

místico: Ordens Terceiras no Rio de Janeiro (1700-1822). São Paulo: <strong>Universidade</strong> de São Paulo, 2001. Tese de<br />

Doutoramento. Policopiada. p. 166.<br />

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