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Untitled - Universidade do Minho

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igreja. O esforço <strong>do</strong>s defini<strong>do</strong>res para retomar a completa gestão <strong>do</strong> espaço sagra<strong>do</strong> demonstra<br />

a versatilidade com que a população utilizava a igreja da Ordem e externava sua devoções.<br />

Paralelamente, verifica-se o aumento da importância da igreja <strong>do</strong>s terceiros franciscanos<br />

dentre os templos bracarenses. A atração de fiéis não associa<strong>do</strong>s, a execução de diversas festas,<br />

sen<strong>do</strong> todas acompanhadas por música e sermão, tornavam a igreja <strong>do</strong>s seculares franciscanos<br />

bastante movimentada para o perío<strong>do</strong>.<br />

6.4 - A Ordem Terceira de Braga e as procissões<br />

Além das festas, outras cerimônias possuíam eleva<strong>do</strong> destaque entre as obrigações<br />

religiosas <strong>do</strong>s irmãos seculares de São Francisco. As procissões ocupavam lugar de relevo entre<br />

as atividades desenvolvidas pelos irmãos.<br />

Inicialmente, torna-se fundamental salientar que as Ordens Terceiras, durante os séculos<br />

XVII e XVIII, participavam <strong>do</strong> contexto mais amplo da renovação religiosa tridentina. Nesta, as<br />

procissões ocupavam um papel destaca<strong>do</strong> visto proporcionarem importante momento de difusão<br />

<strong>do</strong>s ideais cristãos inspiran<strong>do</strong> condutas. 109<br />

Neste senti<strong>do</strong>, recomendavam as Constituições Sinodais bracarenses, <strong>do</strong> século XVII, a<br />

necessidade de veneração, quietação e decoro no momento processional. Tu<strong>do</strong> com o objetivo<br />

de louvar a Deus, honrar os santos para atingir o bem supremo <strong>do</strong> “remédio de Deos”. 110<br />

As benesses divinas angariadas pelo bom andamento da procissão incorporavam-se na<br />

comunidade em prol <strong>do</strong> bem-estar comum. Portanto, destinada a edificar seus membros e a<br />

comunidade circundante. Essa premissa justificava a realização da procissão de preces. Esta<br />

cerimônia só decorria em perío<strong>do</strong>s de calamidades, os quais ocasionavam problemas para a<br />

comunidade.<br />

109 Para compreender o papel da procissão no contexto pós-tridentino, ler TEDIM, José Manuel – A procissão das<br />

procissões. A festa <strong>do</strong> corpo de Deus. In A arte efémera em Portugal. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.<br />

pp. 218-223.<br />

110 A respeito das disposições das procissões no Arcebispa<strong>do</strong> de Braga ler Constituiçoens Synodaes <strong>do</strong> Arcebispa<strong>do</strong> de<br />

Braga, ordenadas no ano de 1639. Pelo Illustrissimo Senhor Arcebispo D. Sebastião de Matos e Noronha: E mandadas<br />

imprimir a primeira vez pelo Illustrissimo Senhor D. João de Sousa Arcebispo, & Senhor de Braga, Primaz das<br />

Espanhas, <strong>do</strong> Conselho de Sua Magesta<strong>do</strong>, & seu Sumilher da Cortina. Lisboa: Oficina de Miguel Deslandes, 1697. pp.<br />

300-301.<br />

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