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Untitled - Universidade do Minho

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esta<strong>do</strong> embrionário da associação, estimulou a aquisição dessas obras necessárias à formação<br />

religiosa <strong>do</strong>s irmãos de uma agremiação próxima. 15 Portanto, os livros garantiam aos aos seus<br />

membros o conhecimento da Regra e disposições relevantes para a Ordem secular franciscana.<br />

O pedi<strong>do</strong> dirigi<strong>do</strong> a Braga revela, igualmente, que esses pequenos manuais eram impressos na<br />

cidade e, posteriormente, a Ordem Terceira os distribuía, mediante solicitação, para suas<br />

congêneres tanto <strong>do</strong> reino quanto da América portuguesa.<br />

Essas situações demonstram a comunicação entre as associações terciárias de<br />

diferentes partes <strong>do</strong> império português. A troca de material necessário à formação religiosa<br />

revela igualmente a preocupação <strong>do</strong>s irmãos terceiros em prover outras instituições com o<br />

necessário para a divulgação e difusão da religiosidade franciscana e a cooperação existente<br />

entre elas.<br />

A falta de informações a respeito <strong>do</strong> compêndio utiliza<strong>do</strong> entre os irmãos bracarenses –<br />

explicitan<strong>do</strong> somente conter a descrição das indulgências nesses livros – não permite conhecer<br />

exatamente a referência da obra. Entretanto, sabe-se que os compêndios continham, de mo<strong>do</strong><br />

geral, a Regra, aprovada pelo papa Nicolau IV, e arrolavam as indulgências concedidas aos<br />

terceiros franciscanos. 16 Além disso, podiam ainda descrever as cerimônias de novicia<strong>do</strong> e<br />

profissão.<br />

A consulta <strong>do</strong>s compêndios indicam a presença de pessoas alfabetizadas entre os<br />

irmãos e irmãs seculares. Apesar de constar entre as obrigações <strong>do</strong> mestre de noviços explicar<br />

os fundamentos da Regra conti<strong>do</strong>s nos compêndios, a aquisição dessas obras por diferentes<br />

instituições terciárias e a sua distribuição demonstram a prática da leitura entre alguns terceiros<br />

franciscanos.<br />

As informações contidas nesse livro, com destaque para as indulgências, refletem a<br />

necessidade constante entre os irmãos terceiros de sublinhar as capacidades salvíticas <strong>do</strong><br />

sodalício. A Ordem Terceira franciscana possuía inúmeras indulgências concedidas no decorrer<br />

15 A respeito da formação da Ordem Terceira franciscana de Azurara consultar RIBEIRO, Bartolomeu – Os terceiros<br />

franciscanos portugueses. Sete séculos da sua história. Braga: Tipografia Missões Franciscanas, 1952. p. 263.<br />

16 Os compêndios informavam aos leitores as disposições básicas <strong>do</strong>s seculares franciscanos, de acor<strong>do</strong> com:<br />

CONCEIÇÃO, Manoel da – Compendio manual da Regra da sempre illustre, veneravel & serafica Ordem Terceyra da<br />

penitencia de N. S. P. S. Francisco das graças e indulgências de que ao presente gozão os filhos desta Sagrada<br />

Ordem, com alguas advertências necessárias a to<strong>do</strong>s elles, e com a forma de lançar o habito, e fazer profissão, e no<br />

fim com o mo<strong>do</strong> de fazer actos de Fé, Esperança e Charidade. Coimbra: Oficina de Joseph Ferreyra, 1688.<br />

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