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Untitled - Universidade do Minho

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adeptos entre os irmãos terceiros. Espanha, Portugal, Itália e Sul da atual Alemanha foram<br />

algumas localidades nas quais as Ordens Terceiras chegaram à extinção naquele perío<strong>do</strong>. 21<br />

2.1 - A Ordem Terceira franciscana na Idade Moderna<br />

A partir <strong>do</strong> século XVII, assistiu-se a uma renovação da Ordem Primeira franciscana<br />

paralelamente ao movimento de difusão intensiva das Ordens seculares. Nesse perío<strong>do</strong>, com a<br />

finalização das principais reformas na instituição franciscana e numa etapa de alterações no<br />

âmbito religioso provocada pelas determinações tridentinas, enquadra-se o renascimento da<br />

Ordem Terceira franciscana.<br />

Como anteriormente referimos, na Península Ibérica, Felipe II a<strong>do</strong>tou os decretos<br />

tridentinos. 22 Os efeitos das reformas relacionadas com a organização e com os costumes entre<br />

os frades menores ocorreram juntamente a uma ampliação da divulgação das Ordens terciárias<br />

franciscanas. Divulgar a Ordem secular tornava-se fundamental para amplificar a ação <strong>do</strong>s leigos<br />

na vivência religiosa. Após Trento, a Igreja católica empenhou-se em congregar os leigos em<br />

associações. 23 Tanto o clero secular quanto regular responsabilizou-se na promoção e criação<br />

das corporações de leigos. O que desencadeou um surto na formação dessas instituições.<br />

Destacavam-se as devoções <strong>do</strong> Santíssimo Sacramento, das almas <strong>do</strong> purgatório e de Nossa<br />

Senhora <strong>do</strong> Rosário que estavam fundamentalmente sediadas em paróquias e alcançaram maior<br />

importância no pós-Trento. 24 Não somente as irmandades prosperaram no perío<strong>do</strong>, também as<br />

21 Os problemas enfrenta<strong>do</strong>s pela Ordem Terceira durante as reformas da ordem mendicante constam na obra de<br />

RIBEIRO, Bartolomeu – Os terceiros franciscanos portugueses. Sete séculos da sua história…, pp. 45-46. A respeito da<br />

extinção das Ordens seculares franciscanas em Portugal ler SÃO FRANCISCO, Luís de – Que contem tu<strong>do</strong> o que toca a<br />

origem, regra, estatutos, cerimonias, privilégios, progressos da sagrada Ordem Terceira de nosso seraphico padre São<br />

Francisco…, p. 385.<br />

22 O papel de Felipe II na reforma religiosa consta em GARCÍA ORO, José; PORTELA SILVA, Maria José – Felipe II y las<br />

iglesias de Castilla a la hora de la Reforma Tridentina (Preguntas y respuestas sobre la vida religiosa castellana)…, 9.<br />

23 A propósito <strong>do</strong> incentivo a formação de associações de leigos pelo clero secular consultar DAVIDSON, Nicholas – A<br />

contra-reforma. São Paulo: Martins Fontes, 1991. pp. 49-50.<br />

24 A respeito das associações de leigos durante o Perío<strong>do</strong> Moderno e o crescimento no número dessas instituições ler<br />

PENTEADO, Pedro – Confrarias. In AZEVEDO, Carlos Moreira (Dir.) - Dicionário de História Religiosa de Portugal. vol.<br />

1..., p. 463; MANTECÓN MOVELLÁN, Tomás Antonio – Contrarreforma y religiosidad popular em Cantabria. Las<br />

confradías religiosas. Cantabria: Universidad de Cantabria, 1990. p. 1-20.<br />

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