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Untitled - Universidade do Minho

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Assim, procuraremos analisar o desenvolvimento das Ordens Terceiras franciscanas<br />

entre os portugueses visan<strong>do</strong> compreender os motivos que propiciaram o veloz desenvolvimento<br />

qualitativo e quantitativo destas agremiações no reino e na América portuguesa, durante o século<br />

XVIII e começos <strong>do</strong> seguinte.<br />

Embora, constituídas fundamentalmente em seiscentos, as agremiações terciárias<br />

encontraram seu apogeu em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XVIII, contrarian<strong>do</strong> as tendências de dificuldade,<br />

tanto social quanto econômica, das associações compostas por leigos, sobretu<strong>do</strong> na segunda<br />

metade de setecentos. Esta excepcionalidade, aliada à sua dispersão geográfica e numérica,<br />

constitui num objeto privilegia<strong>do</strong> para a análise <strong>do</strong> viver religioso e, também, das estratégias de<br />

sobrevivência e crescimento das agremiações de leigos na época.<br />

Sempre afastadas <strong>do</strong> esquecimento, as Ordens Terceiras receberam atenção de diversos<br />

estudiosos no decorrer <strong>do</strong> tempo, embora a historiografia atual, principalmente a portuguesa,<br />

tenha ainda dedica<strong>do</strong> poucos trabalhos exclusivamente a essa temática.<br />

Neste trabalho analisamos os processos de formação e desenvolvimento de duas<br />

agremiações congêneres situadas em continentes distintos, porém pertencentes ao mesmo<br />

império.<br />

A escolha das Ordens Terceiras franciscanas eretas em Braga e São Paulo baseou-se em<br />

algumas semelhanças existentes entre as duas cidades, pois constituíam-se em núcleos urbanos<br />

de dimensões aproximadas no perío<strong>do</strong> deste trabalho. Paralelamente, a proeminência <strong>do</strong>s<br />

emigrantes <strong>do</strong> Norte de Portugal no Novo Mun<strong>do</strong> evidencia as relações entre as duas<br />

localidades. Apesar da existência de pontos comuns, não esquecemos as diferenças e as<br />

especificidades de cada uma delas, as quais se refletem no funcionamento das duas instituições<br />

e constituíram um desafio para o nosso estu<strong>do</strong>.<br />

A importância da Igreja Católica, no reino e ultramar, a qual transla<strong>do</strong>u suas instituições<br />

para difentes partes <strong>do</strong> globo demonstra esta tentativa de homogeneizar as organizações<br />

religiosas e leigas. A missionação e a difusão <strong>do</strong> catolicismo atravessou o Atlântico e, na<br />

América, esperava-se também em recuperar os fiéis perdi<strong>do</strong>s para o protestantismo e acabar<br />

com outras a<strong>do</strong>rações, pois esse transplante <strong>do</strong>s <strong>do</strong>gmas católicos implicou no seu contacto<br />

com as crenças nativas e africanas. Deste mo<strong>do</strong>, as especificidades da América provocaram<br />

novos desafios à hierarquia eclesiática e suas instituições. As experiências em terreno tropical<br />

contrastavam vivamente com aquelas desenvolvidas em Portugal naquele perío<strong>do</strong>.<br />

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