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Untitled - Universidade do Minho

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(1513-1521), em 1517, determinou mudanças na Província franciscana portuguesa. Os<br />

claustrais a<strong>do</strong>taram o convento <strong>do</strong> Porto como centro de sua Província enquanto os observantes<br />

ocuparam o convento de São Francisco de Lisboa. Vinte e sete conventos formavam a Província<br />

<strong>do</strong>s observantes e vinte e <strong>do</strong>is a <strong>do</strong>s frades claustrais. Devi<strong>do</strong> à vasta dimensão da Província da<br />

observância, em 1532, a pedi<strong>do</strong> de Dom João III, efetuou-se a sua divisão territorial de Portugal<br />

em duas: uma ano Norte <strong>do</strong> Tejo e outra ao Sul. 28 Além de organizar geograficamente os<br />

conventos, esse rei tentou, ao mesmo tempo, reformar os institutos claustrais impregna<strong>do</strong>s pelo<br />

relaxamento <strong>do</strong>s costumes. Porém, as tentativas foram infrutíferas como se depreende das<br />

afirmações <strong>do</strong> próprio ministro geral <strong>do</strong>s claustrais, frei Simão de Sousa, ao demonstrar o pouco<br />

esforço em a<strong>do</strong>tar as medidas pretendidas pelo detentor da Coroa. 29<br />

No decorrer <strong>do</strong> século XVI, efetuaram-se novas divisões territoriais franciscanas<br />

atestan<strong>do</strong> o crescimento da instituição e à necessidade de melhor organizar o espaço,<br />

recortan<strong>do</strong>-o em Províncias. Desse mo<strong>do</strong>, criou-se a Província da Piedade, em 1517-1518), da<br />

Arrábida (1560) e de Santo Antônio (1568). 30<br />

Além dessas divisões, no mesmo perío<strong>do</strong>, ocorreram mudanças profundas na<br />

organização da Ordem de São Francisco. Época marcada pela reforma tridentina, os decretos<br />

conciliares tornam-se lei <strong>do</strong> reino em Setembro de 1564. Tal como anteriormente referimos, as<br />

novas disposições atingiriam drasticamente as ordens regulares naquele perío<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> a<br />

reformá-las no intuito de moralizar os costumes e elevar a qualidade <strong>do</strong>s seus membros. Em<br />

pouco tempo, os conventos franciscanos portugueses receberiam novas disposições. Em 1567,<br />

um breve de Pio V, elabora<strong>do</strong> a pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> cardeal Dom Henrique – regente <strong>do</strong> reino – eliminou<br />

a divisão efetuada anteriormente, anexan<strong>do</strong> a Província <strong>do</strong>s claustrais à Ordem <strong>do</strong>s observantes.<br />

Desse mo<strong>do</strong>, no século XVI, com a união <strong>do</strong>s franciscanos observa-se o crescimento e<br />

difusão da sua religiosidade em diversas partes <strong>do</strong> Reino e no além-mar.<br />

28 De acor<strong>do</strong> com ALMEIDA, Fortunato – História da Igreja em Portugal…, pp. 143-145.<br />

29 Veja-se para este assunto DIAS, José Sebastião da Silva – Correntes de sentimento religioso em Portugal (séculos XVI-<br />

XVIII). Coimbra: <strong>Universidade</strong> de Coimbra, 1960. pp. 137-141.<br />

30 As divisões territoriais franciscanas realizadas durante o século XVI são analisadas por MOREIRA, António Montes –<br />

Implantação e desenvolvimento da Ordem franciscana em Portugal séculos XIII-XVI. In I-II SEMINÁRIO. O<br />

FRANCISCANISMO EM PORTUGAL. ACTAS…, p. 24.<br />

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