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Untitled - Universidade do Minho

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Cipriano da Rocha e Silva para que pudesse professar, e exercer o emprego que novamente<br />

quizessem entrar nesta Ordem ten<strong>do</strong> as condiçoes necessarias para serem admitti<strong>do</strong>s”. 1013<br />

Primeiramente, destaca-se que o padre comissário poderia designar um religioso secular,<br />

ainda noviço, para ocupar o principal cargo da instituição naquela localidade. Esta situação<br />

revela que, em situações específicas, os irmãos seculares poderiam ser atendi<strong>do</strong>s por pessoas<br />

estranhas à Ordem Primeira franciscana (cf. Livro 1, Cap. 2).<br />

Neste senti<strong>do</strong>, durante século XVIII, atesta-se que a Ordem Terceira franciscana de São<br />

Paulo possuía uma filial em Goiás. Porém devi<strong>do</strong> à falta de informações não foi possível<br />

determinar a data de início dessa ligação. Este fato mostra, por um la<strong>do</strong>, a capacidade da<br />

Ordem Terceira de recrutar membros longinquamente, mas igualmente a incapacidade <strong>do</strong>s<br />

mora<strong>do</strong>res de Goiás para criar uma associação congênere.<br />

A situação verificada na agremiação secular paulistana não se revela única. Em Minas<br />

Gerais, também durante o século XVIII, a Ordem Terceira franciscana de Ouro Preto possuiu<br />

filiais na região. Serro Frio, Congonhas <strong>do</strong> Campo, Itaverava, Borba <strong>do</strong> Campo, Sabará, Itabira<br />

são algumas das localidades filiadas à instituição secular de Ouro Preto. 1014 A dispersão de<br />

irmãos terceiros proporcionava as agremiações estender sua área de atuação, manten<strong>do</strong><br />

relações com locais distantes onde se encontrassem irmãos terceiros.<br />

A presença de regiões controladas pelas Ordens Terceiras demonstrava a sua valorização<br />

e a importância naquelas áreas. Além disso, revelam o poder de atração e atuação dessas<br />

instituições. Neste senti<strong>do</strong>, a agremiação de Ouro Preto possuía influência sobre diversos<br />

aglomera<strong>do</strong>s urbanos da região enquanto a Ordem paulistana manifestava sua estreita ligação<br />

com os mora<strong>do</strong>res de Goiás.<br />

Infelizmente, não é possível determinar com precisão o perío<strong>do</strong> que a instituição terciária<br />

de São Paulo manteve essa filial entre os mora<strong>do</strong>res de Vila Boa de Goiás. Porém, a presença da<br />

instituição e a utilização da matriz para a execução de suas cerimônias revelam a importância <strong>do</strong><br />

sodalício naquela população.<br />

As mudanças advindas, nas primeiras décadas <strong>do</strong> século XIX, incluin<strong>do</strong> a presença da<br />

corte portuguesa em terras americanas e, em 1822, a proclamação da independência <strong>do</strong> Brasil<br />

1013 AOTSP, Livro II de termos, fl. 135v.<br />

1014 A respeito das filias da Ordem Terceira de São Francisco de Ouro Preto veja-se TRINDADE, Raimun<strong>do</strong> – São<br />

Francisco de Assis de Ouro Preto. Rio de Janeiro: Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN), 1951. pp. 16-17.<br />

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