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Untitled - Universidade do Minho

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membros da Mesa atingiu 247$170 réis, o valor referente à arrecadação com as taxas de anos<br />

anteriores importou 228$000 réis. 1258 Como se observa, em alguns momentos, os totais<br />

angaria<strong>do</strong>s com as “jóias” <strong>do</strong>s defini<strong>do</strong>res e as quantias atrasadas aproximavam-se, revelan<strong>do</strong><br />

que muitos membros <strong>do</strong> órgão gestor não saldavam a sua obrigação durante o seu mandato,<br />

realizan<strong>do</strong> posteriormente esse pagamento.<br />

Embora, muitos membros da Mesa adiassem os pagamentos das suas “jóias”, a<br />

preponderância desse rendimento no conjunto global das receitas confere a Ordem Terceira de<br />

São Paulo especificidades em relação as suas congêneres. Tanto em Minas Gerais como no Rio<br />

de Janeiro, as Ordens Terceiras assentavam seu crescimento econômico nos rendimentos<br />

originários <strong>do</strong>s lega<strong>do</strong>s pios. 1259 Igualmente, para outras associações, nomeadamente as Santas<br />

Casas da Misericórdia, as <strong>do</strong>ações pias constituíram-se numa importante fonte de recursos<br />

financeiros, tanto na América portuguesa quanto no reino. 1260<br />

Os rendimentos da Ordem secular de São Paulo, diferente de outras associações<br />

congrega<strong>do</strong>ras da elite, aproximam-se das irmandades de negros e mulatos de Minas Gerais.<br />

Nestas agremiações as esmolas de juízes e juízas se configuravam na sua mais importante fonte<br />

econômica durante o século XVIII. 1261<br />

1258 AOTSP, Livro de receita e despesa <strong>do</strong> síndico 1782, fls. 31v-32.<br />

1259 A importância <strong>do</strong>s lega<strong>do</strong>s pios no desenvolvimento das Ordens Terceiras de diferentes locais foram analisadas por<br />

MARTINS, William de Souza – Membros <strong>do</strong> corpo místico: Ordens Terceiras no Rio de Janeiro (1700-1822)..., p. 141;<br />

AGUIAR, Marcos Magalhães de – Vila Rica <strong>do</strong>s confrades. A sociabilidade confrarial entre negros e mulatos no século<br />

XVIII. São Paulo: <strong>Universidade</strong> de São Paulo, 1993. Dissertação de Mestra<strong>do</strong>. Policopiada. p. 177.<br />

1260 A respeito <strong>do</strong>s lega<strong>do</strong>s pios e sua importância para a economia das Santas Casas da Misericórdia, em distintas<br />

partes <strong>do</strong> império português, veja-se RUSSELL-WOOD, A. J. R – Fidalgos e filantropos. A Santa Casa da Misericórdia da<br />

Bahia, 1550-1755. Brasília: Editora da UNB, 1981. p. 121; ABREU, Laurinda – Memórias da alma e <strong>do</strong> corpo. A<br />

Misericórdia de Setúbal na Modernidade. Viseu: Palimage, 1999. p. 99; ARAÚJO, Maria Marta Lobo de – Rituais de<br />

caridade na Misericórdia de Ponte de Lima (Séculos XVII-XIX). Braga: Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima,<br />

2003. pp. 141-144, 463; SÁ, Isabel <strong>do</strong>s Guimarães – Quan<strong>do</strong> o rico se faz pobre: Misericórdias, caridade e poder no<br />

império português (1500-1800). Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações <strong>do</strong>s Descobrimentos Portugueses,<br />

1997. pp. 131-132.<br />

1261 Os rendimentos das irmandades mineiras foram analisa<strong>do</strong>s por AGUIAR, Marcos Magalhães de – Vila Rica <strong>do</strong>s<br />

confrades. A sociabilidade confrarial entre negros e mulatos no século XVIII..., p. 178.<br />

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