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Untitled - Universidade do Minho

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1177 o que pode causar uma deformação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s. Também, recorda-se que muitos<br />

militares desenvolviam outras atividades, seja como senhores de terras ou no comércio. Neste<br />

senti<strong>do</strong>, optou-se por privilegiar as informações apontadas pelos secretários da Ordem aos<br />

irmãos. Ainda assim, não deixa de ser relevante a participação <strong>do</strong>s comerciantes na gestão da<br />

Ordem.<br />

Como se verifica, os comerciantes se destacavam na globalidade <strong>do</strong>s cargos da Mesa e,<br />

igualmente, como ministros. A importância financeira desse grupo influenciou, muito<br />

provavelmente, a escolha destes homens para o quadro administrativo <strong>do</strong> sodalício.<br />

José da Silva Ferrão, natural de Santarém 1178, esteve por oito vezes no órgão gestor da<br />

Ordem Terceira, sen<strong>do</strong> ministro, em 1739. 1179 Em 1762, com a sua morte, foi sepulta<strong>do</strong> pelos<br />

irmãos seculares 1180, em suas campas, e o seu patrimônio, inventaria<strong>do</strong> naquele momento,<br />

revelou um montante liqui<strong>do</strong> de 56:358$408 réis. 1181<br />

A fortuna inventariada de José da Silva Ferrão figurava em segun<strong>do</strong> lugar, entre os dez<br />

maiores espólios <strong>do</strong>s comerciantes, no século XVIII. 1182 Contu<strong>do</strong>, entre estes homens de grosso<br />

cabedal, liga<strong>do</strong>s as atividades mercantis, encontravam-se mais três irmãos terceiros que<br />

também ocuparam o cargo de ministro, respectivamente Francisco Pereira Mendes, em 1763,<br />

Manuel José da Cunha, em 1736, e João Francisco Lustosa, em 1744. 1183<br />

Essa emergência de grandes comerciantes na Mesa da agremiação terciária, muito<br />

provavelmente, se justificava devi<strong>do</strong> às “jóias” cobradas <strong>do</strong>s seus gestores durante o seu<br />

mandato, mas também à possibilidade de recorrerem com seus cabedais em momentos de<br />

1177 BORREGO, Maria Aparecida de Menezes – A teia mercantil: negócios e poderes em São Paulo colonial (1711-<br />

1765)…, pp. 138-140.<br />

1178 BORREGO, Maria Aparecida de Menezes – A teia mercantil: negócios e poderes em São Paulo colonial (1711-<br />

1765)…, p. 178.<br />

1179 AOTSP, Livro das eleições 1714-1799, fl. 39.<br />

1180 AOTSP, Livro de Óbitos 1760-1790, fl. 26.<br />

1181 O patrimônio <strong>do</strong>s comerciantes foi analisa<strong>do</strong> por BORREGO, Maria Aparecida de Menezes – A teia mercantil:<br />

negócios e poderes em São Paulo colonial (1711-1765)…, p. 203.<br />

1182 Para conhecer os dez maiores montantes inventaria<strong>do</strong>s para os comerciantes na cidade de São Paulo consultar<br />

BORREGO, Maria Aparecida de Menezes – A teia mercantil: negócios e poderes em São Paulo colonial (1711-1765)…,<br />

p. 203.<br />

1183 AOTSP, Livro das eleições 1714-1799, fls. 34, 49, 86v.<br />

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