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Untitled - Universidade do Minho

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tarefas para testar o comportamento e garantir a entrada de irmãos submissos às<br />

determinações da instituição (cf. Livro 2, Cap. 6).<br />

Igualmente, conhecer a Regra <strong>do</strong>s irmãos terceiros mostrava-se fundamental. O mestre<br />

de noviços estava incumbi<strong>do</strong> de ensinar as disposições da Regra aos candidatos. Portanto, o<br />

mestre de noviços responsabilizava-se por instruir os futuros membros da Ordem e deveria<br />

repassar o “aproveitamento” <strong>do</strong>s pretendentes à Mesa, a qual decidiria se o noviço reunia ou<br />

não condições para professar. 33<br />

Outra preocupação <strong>do</strong>s terceiros franciscanos consistia na utilização <strong>do</strong> hábito. A<br />

vestimenta deveria adequar-se à “qualidade que os mais irmãos usam” 34, ou seja, deveria ser<br />

par<strong>do</strong>. Somente indicam a cor <strong>do</strong> hábito, não estipulan<strong>do</strong> o corte ou outros aspectos<br />

relaciona<strong>do</strong>s ao formato. Algumas associações terciárias determinavam, em pormenores, como<br />

deveriam ser as vestes adequadas aos seculares franciscanos, tal como acontecia em Braga. 35<br />

Não somente a cor <strong>do</strong> hábito, mas também a obrigatoriedade de seu uso durante as<br />

procissões e “outros actos publicoz” marcavam os irmãos terceiros. Comparecer publicamente<br />

com roupa adequada, demonstrativa da pertença ao sodalício, fazia-se fundamental, pois<br />

estavam proibi<strong>do</strong>s de participar destas festividades aqueles que não estivessem com o hábito. 36<br />

Esta disposição era igualmente exigida nas Santas Casas da Misericórdia, embora nestas<br />

confrarias os irmãos não usassem hábitos, os seus membros deveriam se apresentar<br />

devidamente traja<strong>do</strong>s com o balandrau. A capa preta com capuz era um <strong>do</strong>s símbolos da Santa<br />

Casa. Essa veste conferia identidade e gerava sentimento de pertença, sen<strong>do</strong> admoesta<strong>do</strong>s os<br />

irmãos que não a utilizassem naqueles momentos.<br />

A nona disposição <strong>do</strong>s estatutos referia-se à hierarquia nos sepultamentos realiza<strong>do</strong>s<br />

pela instituição. Os irmãos terceiros sacer<strong>do</strong>tes seriam inuma<strong>do</strong>s “na caza <strong>do</strong>s exercícios”<br />

(espaço contíguo a capela) e os ministros na capela. Os locais de sepultamento indicavam a<br />

33 AOTSP, Livro de termos e estatuto, fl. 3.<br />

34 AOTSP, Livro de termos e estatuto, fl. 3.<br />

35 De acor<strong>do</strong> com os estatutos <strong>do</strong>s irmãos bracarenses “os professos desta Ordem se vistão de pano humilde em<br />

preço e cor com capas e túnicas de mangas apertadas e as mulheres com manto e túnica <strong>do</strong> mesmo pano, ou que, ao<br />

menos, com o manto tenhão habito e que não uzem de ornamentos de seda”. AOTB, Estatutos da Veneravel Ordem<br />

Terceira da cidade de Braga 1742, fl. 20.<br />

36 AOTSP, Livro de termos e estatuto, fl. 3v.<br />

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