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Proposta Curricular do Ensino Médio

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<strong>do</strong> texto literário, sobretu<strong>do</strong> aquele mais complexo, cuja organização estética precisa<br />

ser encarada com lucidez e com ferramentas próprias: elementos da teoria literária,<br />

diálogo entre textos (intertextualidade, dialogia), além de considerar suas várias<br />

possibilidades. Segun<strong>do</strong> Carreter e Calderón (2003, p.9), “o comentário de um texto é<br />

algo que não se pode improvisar: requer um hábito, uma prática mais ou menos<br />

freqüente”. Diante disso, é fundamental que o professor desafie o educan<strong>do</strong> a levantar,<br />

confrontar e rever hipóteses. Encontrar a ‘chave’ de leitura inserida em cada texto<br />

(Encontraste a chave? Drummond), além de criar espaços de circulação de obras<br />

literárias na escola. Sobretu<strong>do</strong>, o professor deve ajudar o aluno a superar o senso<br />

comum com discussões, cujas dinâmicas como GV­GO, Phillips 66, Júri simula<strong>do</strong>,<br />

peritos e interroga<strong>do</strong>res, discussão circular, fórum temático, linha <strong>do</strong> tempo a ser<br />

preenchida, passo a passo, são apenas alguns exemplos que podem tornar a aula<br />

agradável e oportunizar o desenvolvimento <strong>do</strong> texto oral.<br />

Além disso, é imprescindível a solicitação e o acompanhamento de atividades<br />

escritas como análises críticas sobre a obra literária lida. Dialogar com o aluno para a<br />

refacção textual deve ser prática constante, pois se o professor sempre diz que está<br />

bom o que o aluno faz, e/ou não apresenta os pontos que merecem ser reelabora<strong>do</strong>s<br />

no texto produzi<strong>do</strong>, ele fere a ética profissional e legitima a situação de marginalidade<br />

<strong>do</strong> cidadão da sociedade letrada (KRAMER, 2003).<br />

Merece atenção especial na prática didático­pedagógica o relacionamento<br />

pessoal com o aluno: saber o nome, conhecer seus principais interesses, suas<br />

dificuldades e potencialidades. Certamente a maior recompensa para um professor é<br />

perceber que o cidadão com quem ele trabalha na sala de aula é seu cúmplice na<br />

formação literária e seu interlocutor na construção de novos senti<strong>do</strong>s para as obras<br />

lidas.<br />

Eixo III. A Prática De Produção De Texto: da Oralidade à Escrita<br />

Se tomarmos a linguagem como lugar de interação entre sujeitos e o texto como<br />

produção lingüística dessa atividade interacional, pode­se afirmar que o texto produzi<strong>do</strong><br />

pelo aluno é uma ação no mun<strong>do</strong>, pois na produção textual (oral ou escrita), o falante<br />

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