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Proposta Curricular do Ensino Médio

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Vasconcellos, entre as diversas contribuições sobre este tema, analisa em uma<br />

de suas publicações, em 2005 (A avaliação e o desafio da aprendizagem e <strong>do</strong><br />

desenvolvimento humano) algumas hipóteses para explicar a não­aprendizagem <strong>do</strong>s<br />

alunos e a não mudança da escola em relação ao processo de avaliação. Conclui<br />

propon<strong>do</strong> alguns desafios, dentre eles, o de como vivenciar a avaliação não­excludente<br />

sem perder empenho, diante da realidade de que não raras vezes ela tem servi<strong>do</strong> de<br />

instrumento de poder e coerção, através da nota. Propõe que, desde o início da<br />

escolaridade, se priorize outro tipo de poder construí<strong>do</strong> sobre vínculos que respeitem o<br />

princípio da autonomia e estimulem estratégias que favoreçam o comprometimento <strong>do</strong><br />

aluno com seu desenvolvimento.<br />

É preciso criar um outro tipo de poder: o vínculo, o partilhar um projeto, a<br />

admiração, a curiosidade, a autoridade (não o autoritarismo), o desejo de<br />

aprender, a competência, a ética, o respeito. Na perspectiva de<br />

desenvolvimento da autonomia, é fundamental que o educan<strong>do</strong> aproprie­se da<br />

(auto)avaliação como instrumento de crescimento, que não fique esperan<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

outro, mas, antes de tu<strong>do</strong>, comprometa­se com a superação de suas eventuais<br />

limitações, em um autêntico automovimento (autopoiésis) (VASCONCELLOS,<br />

2005, p. 22).<br />

Na defesa por uma avaliação mais inteligente, Hadji (2005) defende que “o<br />

paradigma da avaliação formativa é hoje mais pertinente <strong>do</strong> que nunca como modelo<br />

ideal regula<strong>do</strong>r das práticas de avaliação <strong>do</strong> meio educativo” (p. 10).<br />

Retoman<strong>do</strong> os pressupostos da avaliação media<strong>do</strong>ra, Hoffman (2001) busca<br />

“apontar setas” no caminho <strong>do</strong> resgate <strong>do</strong> verdadeiro senti<strong>do</strong> de avaliar para promover,<br />

isto é, avaliar para “o acesso a um patamar superior de aprendizagem, de acesso a um<br />

nível qualitativamente superior de conhecimento e de vida. Avaliar para promover uma<br />

educação digna e de direito de to<strong>do</strong>s os seres humanos” (p.9).<br />

Outros reconheci<strong>do</strong>s autores (José Carlos Libâneo, Ana Maria Saul, Cipriano<br />

Carlos Luckesi, Vasco Moretto, Janssen Felipe Silva, Antoni Zabala, Philippe<br />

Perrenoud, dentre alguns) esmeram­se por promover a reflexão e construir pontos de<br />

apoio para assessorar os professores na prática avaliativa da aprendizagem.<br />

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