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Proposta Curricular do Ensino Médio

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Da Primeira República ao Golpe Civil­Militar de 1964<br />

Este perío<strong>do</strong> caracteriza­se pela presença indefinida <strong>do</strong> ensino de Filosofia<br />

(Alves, 2002). Com a instituição da República no Brasil, em 1889, sob a influência da<br />

filosofia liberal­positivista, o ensino escolar passa a ser um veículo para disseminar os<br />

princípios e os valores <strong>do</strong> novo modelo econômico e político, já que entre “os princípios<br />

positivistas estava a crença na educação como chave para a resolução <strong>do</strong>s problemas<br />

<strong>do</strong> país” (Silveira, 1991, p.112). Essa perspectiva seria assumida pelo movimento<br />

amplamente conheci<strong>do</strong> como entusiasmo pela educação e otimismo pedagógico 21 , que<br />

encadearia várias reformas no campo educacional.<br />

A primeira reforma fora inaugurada pelo positivista Benjamin Constant, primeiro­<br />

ministro da Instrução Pública, pelo decreto nº 981/1890, “antecipan<strong>do</strong>­se à Constituição<br />

de 1891 nas reformas educacionais, buscan<strong>do</strong> introduzir disciplinas científicas nos<br />

currículos escolares” (Alves, 2002, p. 26­27). O contra­senso deste perío<strong>do</strong> foi que pela<br />

primeira vez o ensino de Filosofia ficaria ausente da distribuição das disciplinas em<br />

séries.<br />

Assim, de agora em diante, mediante essa postura ideológica, o ensino de<br />

Filosofia ora estará presente em momentos que o currículo priorizará o “espírito<br />

literário”, ora estará ausente em momentos que a prioridade consiste em ater­se ao<br />

“espírito científico”. Portanto, “uma oscilação constante entre a influência clássica e a<br />

científica” (Cartolano, 1985, p. 47).<br />

Com a reforma Carlos Maximiliano (1915) contempla­se o retorno <strong>do</strong> ensino de<br />

Filosofia, num curso facultativo, a ser cumpri<strong>do</strong> para além das disciplinas obrigatórias.<br />

E, finalmente, a Reforma Rocha Vaz (1925), com a implantação de um curso<br />

secundário em seis anos, objetivan<strong>do</strong> o preparo fundamental e geral para a vida,<br />

através de um currículo acentuadamente enciclopédico, com um olhar sobre a formação<br />

21 Por entusiasmo pela educação entende­se “... a crença de que, pela multiplicação das instituições<br />

escolares, pela disseminação da educação escolar, será possível incorporar grandes camadas da<br />

população na senda <strong>do</strong> progresso nacional e colocar o Brasil no caminho das grandes nações <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

[...]”. Por otimismo pedagógico, entende­se “a crença de que determinadas formulações <strong>do</strong>utrinárias<br />

sobre a escolarização indicam o caminho para a verdadeira formação <strong>do</strong> homem brasileiro”. (NAGLE,<br />

1974, p. 99­100).<br />

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