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Proposta Curricular do Ensino Médio

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análise lingüística e que não seja fragmentada a relação entre a língua usada na<br />

escola e a língua usada no cotidiano.<br />

Consideran<strong>do</strong> que o aluno aprende a escrever por meio da interação verbal e <strong>do</strong><br />

uso de gêneros, pode­se, no desenvolvimento de um projeto, envolver os alunos na<br />

produção de textos varia<strong>do</strong>s, diversifican<strong>do</strong> também as condições de produção. Bunzen<br />

(2006) exemplifica: Ao realizar uma pesquisa sobre o uso <strong>do</strong> piercing é possível que o<br />

aluno elabore os seguintes textos: Verbetes para um dicionário juvenil sobre body art,<br />

questionário para pesquisa de opinião na escola ou no bairro sobre o uso desse<br />

acessório, gráficos para apresentação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, e­mails para clínicas<br />

especializadas em busca de maiores informações não disponibilizadas nos sites, carta­<br />

convite para um piecer participar de um fórum de discussão com os alunos da escola,<br />

elaboração de roteiro para entrevista com médicos sobre o risco da infecção e sobre os<br />

cuida<strong>do</strong>s no uso. Destaca­se ainda que essas atividades de escrita estão integradas à<br />

leitura de textos de gêneros diversifica<strong>do</strong>s (reportagens, artigos, letras de música,<br />

charge entre outros) que podem enfocar a temática sob perspectivas diferentes, além<br />

da produção de textos orais como: entrevista, debate, palestra, <strong>do</strong>cumentário entre<br />

outros.<br />

Em relação à avaliação, tecemos algumas considerações. Falar de avaliação ou<br />

pensar em avaliação da produção textual nos remete a algumas questões: quem<br />

avalia? o que avalia? como avalia? para que avalia? A tarefa de avaliar na escola<br />

sempre recaiu exclusivamente sobre o professor, que decide o que vai ser avalia<strong>do</strong>,<br />

qual instrumento vai ser usa<strong>do</strong>, como vai ser a distribuição <strong>do</strong>s pontos. Para Antunes<br />

(2006), se concebemos a aprendizagem como processo de construção <strong>do</strong><br />

conhecimento, o aprendiz não pode estar ausente de sua avaliação. Então, é preciso<br />

admitir a necessidade de incluir a auto­avaliação, bem como alternativas de avaliação<br />

por seus pares, para que o aluno seja capaz de julgar seu desempenho. Essa<br />

estratégia pode contribuir para a conquista da necessária autonomia de que o aluno<br />

tanto precisa como cidadão crítico.<br />

Um outro aspecto a ser aborda<strong>do</strong> é que a avaliação normalmente é associada à<br />

tarefa de corrigir, de apontar erros, o que reduz a oportunidade de que aluno e<br />

professor percebam o que já foi aprendi<strong>do</strong>. Uma avaliação não pode ter a finalidade<br />

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