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Proposta Curricular do Ensino Médio

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“comunidades de aprendizagem”, que se organizam em algumas escolas com a<br />

finalidade de revisar e desenvolver o currículo escolar são exemplo deste processo de<br />

ilustração cooperativo.<br />

Teo<strong>do</strong>ro (2003) resume em duas características básicas o perfil de professor<br />

enseja<strong>do</strong> em uma educação utopística. Pela propriedade com que as descreve,<br />

tomamos a liberdade de transcrever, na íntegra o seu texto, pois assim não corremos o<br />

risco de ofuscar sua brilhante construção.<br />

“Porque o pensamento utopístico tem si<strong>do</strong> determinante na actividade humana,<br />

defende­se que as políticas públicas devem equacionar os professores segun<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>is entendimentos complementares:<br />

6 A expressão é novamente de Paulo Freire<br />

(i) o professor como militante de justiça social; e<br />

(ii) o professor como pesquisa<strong>do</strong>r em sala de aula.<br />

O primeiro entendimento <strong>do</strong> que é (ou deve ser) um professor decorre de uma<br />

constatação objetiva: é manifestamente impossível ser professor se não se<br />

quiser bem aos alunos, como diria Paulo Freire (1997), ou, como defende Juan<br />

Carlos Tedesco (1999), se não se assumir plenamente a convicção de que to<strong>do</strong>s<br />

os alunos podem aprender. A assunção desse entendimento tem inúmeras<br />

conseqüências práticas nas políticas. No plano da formação de professores, por<br />

exemplo, conduzirá, seguramente, ao reforço de to<strong>do</strong>s os componentes que<br />

permitam que o (futuro) <strong>do</strong>cente seja capaz de ler o mun<strong>do</strong> 6 , de compreender e<br />

de trabalhar a diversidade, seja de ordem física, social ou cultural, de participar<br />

na construção de projetos de cidadania democrática.<br />

O segun<strong>do</strong> entendimento pressupõe que os professores <strong>do</strong>s ensinos<br />

fundamental e médio não podem mais ser entendi<strong>do</strong>s como meros tradutores ou<br />

difusores de saberes construí<strong>do</strong>s por outros, seja nos campos científicos das<br />

disciplinas que lecionam, ou no campo específico das ciências da educação. A<br />

preocupação justificada das autoridades político­administrativas com a definição<br />

de novos perfis para o exercício profissional da atividade <strong>do</strong>cente e com a<br />

formação das novas competências, em <strong>do</strong>mínios como as novas tecnologias de<br />

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