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Proposta Curricular do Ensino Médio

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determina<strong>do</strong> projeto social e por decorrência um determina<strong>do</strong> projeto educacional.<br />

Perguntas que remetem a uma opção política (Do la<strong>do</strong> de quem nós estamos?) à qual,<br />

conscientes ou não, em nossa prática pedagógica, sempre estaremos servin<strong>do</strong>. Em<br />

outras palavras, nossa prática pedagógica contribui, inevitavelmente, para um<br />

determina<strong>do</strong> projeto de pessoa e de sociedade. Não existe neutralidade, nem mesmo<br />

na omissão ou na indefinição. A educação é um ato político (Freire) e como tal, no atual<br />

quadro econômico­social, pode servir para justificar, ratificar e fortalecer os interesses<br />

neoliberais, ou pode comprometer­se com os ideais de um projeto crítico­emancipatório<br />

de sociedade, em que o pressuposto basilar é o da justiça materializada em condições<br />

de vida digna, em acesso igualitário aos bens culturais; em que o direito ao exercício<br />

pleno da liberdade orientada pelo respeito à diversidade é um bem inquestionável; em<br />

que a organização coletiva para estas conquistas deve ser vista não somente com<br />

simpatia, mas reconhecida como sinal de autonomia e, portanto, merece<strong>do</strong>ra de<br />

incondicional apoio institucional.<br />

A trajetória participativa, fundamentada, reflexiva e dialética com a qual se chega<br />

à sistematização da presente da <strong>Proposta</strong> <strong>Curricular</strong> <strong>do</strong> <strong>Ensino</strong> <strong>Médio</strong> <strong>do</strong> Tocantins,<br />

convergiu para a escolha da segunda opção, ou seja, a de alinhar o processo<br />

educacional, através <strong>do</strong> seu currículo, com a construção de um projeto social de caráter<br />

crítico­emancipatório, não sem avaliar os riscos e os desafios desta escolha, sobretu<strong>do</strong><br />

em relação às suas implicações no currículo em ação, ou seja, no privilegia<strong>do</strong> espaço<br />

da prática, a escola, e mais especialmente, a “sala de aula”.<br />

Dentre as implicações está a compreensão de que esta escolha é incompatível<br />

com o propósito da preparação <strong>do</strong> aluno para o merca<strong>do</strong> de trabalho, numa perspectiva<br />

de adaptação à lógica vigente. Trata­se então de, neste nível de ensino, contemplar no<br />

currículo, a formação <strong>do</strong> aluno para o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho, concebi<strong>do</strong> este, em primeiro<br />

lugar, como um espaço a que to<strong>do</strong>s devem ter acesso e, nele integra<strong>do</strong>s, compartilhar<br />

<strong>do</strong> processo e das benesses da produção. Não é este o panorama que, atualmente,<br />

pode­se observar. Portanto, a perspectiva não é a da adaptação social, mas a da<br />

transformação social.<br />

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