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Proposta Curricular do Ensino Médio

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Uma avaliação que inicia pelo diagnóstico da situação, das condições de vida e de<br />

aprendizagem (e nelas, a consciência <strong>do</strong>s condicionantes sociopolíticos implica<strong>do</strong>s)<br />

para, a partir daí, traçar a trajetória que, acompanhada sistemática e continuamente,<br />

subsidie as intervenções mais pertinentes com vistas ao alcance <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />

inicialmente propostos. É preciso ressaltar que esta trajetória, desde a definição <strong>do</strong>s<br />

objetivos, o diagnóstico situacional e etapas subseqüentes, não é um ato exclusivo e<br />

solitário <strong>do</strong> professor. Desde o começo <strong>do</strong> processo o aluno é sujeito ativamente<br />

participante e, ambos, professor e aluno, nele se transformam. Nesta dinâmica, os<br />

mesmos devem ser apoia<strong>do</strong>s e assessora<strong>do</strong>s pelos recursos institucionais (humanos e<br />

materiais), em co­responsabilização pelo alcance <strong>do</strong>s melhores resulta<strong>do</strong>s possíveis.<br />

Os melhores resulta<strong>do</strong>s possíveis, na avaliação liberta<strong>do</strong>ra, são audaciosos:<br />

(...) em Freire a avaliação é uma espécie de “re­existenciamento” crítico <strong>do</strong><br />

processo oportunizan<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s (professor/aluno) melhor saberem a fim de<br />

melhor viverem. Portanto, sabermos que relações de senti<strong>do</strong>s o aluno<br />

estabelece com as coisas, os eventos, enfim, os fenômenos; o que ele já<br />

conhece e o que o novo conhecimento significa realmente para ele, é<br />

avançarmos desvelan<strong>do</strong> paradigmas e instauran<strong>do</strong> outros deveras<br />

comprometi<strong>do</strong>s com novas auto­realizações (CARDOSO, 2006, p. 9).<br />

A partir desta matriz conceptual e, em consonância com ela, é possível e<br />

necessário recorrer a reconheci<strong>do</strong>s teóricos que possam subsidiar de alguma forma as<br />

reflexões sobre a nossa prática avaliativa. Dentre os autores, nesta área, referenciamos<br />

Romão (1999), com os supostos da avaliação dialógica para a qual propõe passos, e<br />

alerta para o fato de que os resulta<strong>do</strong>s não se constituem no ponto final <strong>do</strong> processo:<br />

(...) realizada a avaliação da aprendizagem com o aluno, os resulta<strong>do</strong>s não<br />

devem se constituir numa monografia ou uma dissertação <strong>do</strong> professor sobre<br />

os avanços e recuos <strong>do</strong> aluno, nem muito menos numa preleção corretiva <strong>do</strong>s<br />

“erros cometi<strong>do</strong>s”, mas uma reflexão problematiza<strong>do</strong>ra coletiva, a ser devolvida<br />

ao aluno, para que ele, com o professor, retome o processo de aprendizagem.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, a sala de aula se transforma em um verdadeiro “círculo de<br />

investigação” <strong>do</strong> conhecimento e <strong>do</strong>s processos de abordagem <strong>do</strong><br />

conhecimento (ROMÃO, 1999, p.102)<br />

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