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Proposta Curricular do Ensino Médio

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2.6. O PERFIL DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO – ALGUMAS PALAVRAS<br />

Sobre o perfil <strong>do</strong> profissional da educação, mais especialmente o perfil <strong>do</strong>cente<br />

(sem desconsiderar a importância e imprescindibilidade da adesão e comprometimento<br />

<strong>do</strong>s profissionais da área administrativa integrantes <strong>do</strong> quadro educacional) enseja<strong>do</strong> e<br />

coerente com a matriz orienta<strong>do</strong>ra da presente proposta apresentamos um sucinto<br />

quadro referencial.<br />

Em Stürmer (2004) encontramos uma revisão de diversos autores sobre o<br />

profissional da educação que a pedagogia crítica e liberta<strong>do</strong>ra necessita ao qual a<br />

autora se refere, como agente de mudança social. O perfil deste professor, segun<strong>do</strong><br />

Giroux (1990), é o <strong>do</strong> intelectual transformativo que o reveste de uma<br />

responsabilidade ampla e profundamente compromete<strong>do</strong>ra, longe <strong>do</strong> simples papel de<br />

transmissor de conteú<strong>do</strong>s.<br />

“Em definitivo, os professores necessitam desenvolver um discurso e um<br />

conjunto de hipóteses que lhes permitam atuar mais especificamente como<br />

intelectuais transformativos. Como intelectuais, deverão combinar a reflexão e a<br />

ação com o fim de potenciar os estudantes com as habilidades e os<br />

conhecimentos necessários para lutar contra as injustiças e converter­se em<br />

atores críticos entregues ao desenvolvimento de um mun<strong>do</strong> livre de opressões e<br />

exploração. Esses intelectuais não estão somente interessa<strong>do</strong>s na consecução<br />

de logros individuais ou no progresso de seus estudantes em suas respectivas<br />

carreiras, senão que põe to<strong>do</strong> o seu empenho em potenciar os alunos, de forma<br />

que estes possam interpretar criticamente o mun<strong>do</strong> e, se for o caso, transformá­<br />

lo” (GIROUX, 1990, p.36).<br />

Quan<strong>do</strong> Torres Santomé (2001) se refere ao professor e à professora como<br />

ativistas sociais, lhe atribui também este perfil, o de agente político, agente de<br />

transformação social. Adverte, no entanto, que não se pode cair no simplismo de<br />

acreditar que este é um perfil inerente <strong>do</strong> coletivo <strong>do</strong>cente, tampouco, atribuir­lhe<br />

caráter de homogeneidade. É antes uma condição a ser construída, construção esta<br />

que pode ser favorecida poderosamente no contato ou na militância com outros<br />

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