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Proposta Curricular do Ensino Médio

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essalta que a competência não é algo abstrato ou descontextualiza<strong>do</strong>. O termo<br />

competência está sempre liga<strong>do</strong> a uma situação que, na concepção <strong>do</strong> autor, será uma<br />

situação complexa (situações simples, habituais, não requerem a mobilização de<br />

recursos de ordem superior). Neste senti<strong>do</strong>, defende que competência não é algo que<br />

se alcança, e sim, algo que se desenvolve. Daí resulta uma importante diferenciação: o<br />

currículo orienta<strong>do</strong> para o desenvolvimento de competências <strong>do</strong> currículo organiza<strong>do</strong><br />

por competências.<br />

“O conceito de competência está liga<strong>do</strong> às diversas situações complexas que<br />

podemos identificar. São elas que determinam os recursos necessários para a<br />

abordagem da solução. Não cabe então, a nosso ver, listar competências e<br />

habilidades que depois serão utilizadas em situações complexas que se<br />

apresentem. Por isso chamamos atenção para duas sentenças: ‘<strong>Ensino</strong> por<br />

competências’ e ‘<strong>Ensino</strong> para competências’. Você deve ter compreendi<strong>do</strong> que a<br />

nossa concepção é a segunda e não a primeira” (MORETTO, 2004, p.33).<br />

A partir desta concepção, a <strong>do</strong> currículo orienta<strong>do</strong> para a construção de<br />

competências, o autor organiza um modelo de tratamento pedagógico em que se<br />

conjugam cinco recursos básicos que são necessários mobilizar na abordagem de<br />

situações complexas, quais sejam: os conteú<strong>do</strong>s, as habilidades, as linguagens, os<br />

valores culturais e a administração das emoções.<br />

Para além da discussão semântica e <strong>do</strong> modelo pedagógico <strong>do</strong> currículo para as<br />

competências, está a dimensão político­epistemológica que o orienta.<br />

“Ser competente, portanto, é bem mais <strong>do</strong> que ter conhecimentos para poder<br />

agir. Implica, também, julgar a pertinência das ações, ajustan<strong>do</strong>­as de maneira<br />

auto­consciente à situação que se está enfrentan<strong>do</strong> e aos propósitos, inclusive<br />

os não imediatos”. (BOCCHESE, 2001, p. 29).<br />

É na dimensão <strong>do</strong>s propósitos que se situa o ponto nevrálgico da questão.<br />

Competências para quê? Competências a serviço de quem? Gallert e Stürmer (2005)<br />

contribuem com algumas reflexões com as quais buscam auxiliar no entendimento de<br />

que estas perguntas são respondidas conforme a perspectiva que orienta um<br />

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