27.04.2013 Views

REVISTA 33 - Jurisprudência - TRF

REVISTA 33 - Jurisprudência - TRF

REVISTA 33 - Jurisprudência - TRF

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

JURISPRUDÊNCIA<br />

Parecer do Ministério Público Federal às fls. 124/137, opinando pela<br />

denegação do habeas corpus.<br />

É o Relatório.<br />

_____ VOTO _____________________________________________<br />

O EXMO. SR. DESEMBARGADOR FEDERAL ALBERTO NOGUEIRA<br />

(RELATOR):<br />

Quanto ao primeiro argumento apresentado pelo impetrante, no sentido de<br />

que “os equívocos cometidos pelo Fisco” impedem o paciente de ver declarada extinta<br />

a punibilidade pelo pagamento do imposto relativo ao IRPF antes da denúncia, nos<br />

moldes do art. 34 da Lei nº 9.429/95, não demonstrou o impetrante ter o paciente<br />

corretamente oferecido, mesmo que intempestivamente, a declaração do período ­<br />

1995 -, cujo valor declarado como devido constou do primeiro lançamento e teve seu<br />

pagamento parcelado (Proc. Adm. n o 13771.000217/00-69, fls. 98).<br />

Posteriormente, no Proc. Adm. n o 11543.000402/00-58, o Fisco informa,<br />

em seu Termo de Constatação (fls. 38/49), que o paciente, ao omitir a entrega da<br />

declaração, encobriu variação patrimonial decorrente da compra e venda de carro<br />

importado no período.<br />

Pelo que disciplina o art. 145, c/c art. 149 do CTN, destacadamente os incisos<br />

IV e VII deste último, ao sujeito ativo é reconhecido o direito de rever ex officio o<br />

lançamento regularmente notificado quando:<br />

111<br />

“a) se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer<br />

elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração<br />

obrigatória;<br />

b) quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício<br />

daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação.”<br />

Não há comprovação, portanto, de qualquer ilegalidade cometida pela Receita<br />

Federal quando procedeu à revisão do lançamento notificado e parcelado.<br />

Em relação às demais alegações, o Eg. Supremo Tribunal Federal já firmou<br />

entendimento no sentido de que o art. 83 da Lei nº 9.430/96 “não define condição de<br />

procedibilidade para a instauração da ação penal pública, pelo Ministério Público”<br />

(ADIN HC n o 1.571/DF, DJU de 25/09/98, unânime, Pleno).<br />

Rev. jurisprud. Trib. Reg. Fed. 2. reg. v. 10, n. <strong>33</strong>, p. 1-<strong>33</strong>9, jan./mar. 2002

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!