27.04.2013 Views

REVISTA 33 - Jurisprudência - TRF

REVISTA 33 - Jurisprudência - TRF

REVISTA 33 - Jurisprudência - TRF

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

JURISPRUDÊNCIA<br />

131<br />

“O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de<br />

extrato da conta corrente, não é titulo executivo.”<br />

Contudo, a questão versada nos presentes autos refere-se a contrato de crédito<br />

educativo, onde o devedor, ao contratar, tem conhecimento do valor real do crédito<br />

concedido, constante do contrato e de todos os aditivos, caracterizando a liquidez e a<br />

certeza do título. Esta é a diferença substancial em relação ao contrato de abertura de<br />

crédito, que não possui uma importância certa e líquida a ser paga pelo tomador.<br />

Dessa forma, o contrato de crédito educativo enquadra-se perfeitamente,<br />

como título executivo, no inciso II, art. 585, do CPC.<br />

Destaco julgado da E. Segunda Turma deste Tribunal, que, apreciando a<br />

matéria, orientou-se no mesmo sentido:<br />

“EXECUÇÃO DECORRENTE DE CONTRATO DE ABERTURA<br />

DE CRÉDITO EDUCATIVO. CONFIGURAÇÃO COMO TÍTULO<br />

EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. PRESENÇA DOS REQUISITOS<br />

DE CERTEZA E LIQUIDEZ.<br />

I – O contrato de crédito direto a usuário final não se confunde com<br />

o contrato de abertura de crédito em conta corrente, servindo como<br />

título hábil para execução, na medida em que contém valor certo,<br />

com pagamento de prestações de valor também certo, mais os<br />

encargos previstos no contrato (STJ, 3ª T., REsp nº 245.591/SP,<br />

(2000/0004900-0), DJ de 16/04/2001, pág. 107, Rel. Min. Waldemar<br />

Zveiter, data da decisão: 19/02/2001).<br />

II – Recurso provido.”<br />

(AC nº 2001.02.01.027651-8, Rel. Juiz CASTRO AGUIAR, 2ª T.,<br />

DJU de 15/01/2002).<br />

ANTE O EXPOSTO, dou provimento à apelação para, reformando a sentença<br />

de 1º Grau, determinar o retorno dos autos à Vara de origem, para que prossiga<br />

regularmente.<br />

É como voto.<br />

FREDERICO GUEIROS<br />

Desembargador Federal<br />

Rev. jurisprud. Trib. Reg. Fed. 2. reg. v. 10, n. <strong>33</strong>, p. 1-<strong>33</strong>9, jan./mar. 2002

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!