27.04.2013 Views

REVISTA 33 - Jurisprudência - TRF

REVISTA 33 - Jurisprudência - TRF

REVISTA 33 - Jurisprudência - TRF

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

244<br />

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO<br />

interrogatório judicial (fls. 72). Este fato restou amplamente provado, como confirmado<br />

através do Ofício nº 1.607/98, de 28/08/98, do banco, solicitado pelo MPF<br />

(fls. 131). A autarquia federal, nos autos, deixa de instituir o processo com o instrumento<br />

de mandato que comprove ser EDNA a procuradora de IZABEL junto àquele órgão<br />

público.<br />

A Defesa gostaria que V. Exas. atentassem para o fato de que a conta<br />

bancária com os valores do benefício debitados automaticamente ficou intacta, sem<br />

que fosse retirado um tostão, desde 07/08/91 até a data de 13/10/93 (fls. 24/28),<br />

quando através de recibo de retirada, neste dia foi “raspada”, de acordo com o extrato<br />

assinado de fls. 28. Ora, se EDNA possuía o cartão magnético do banco, porque se<br />

exporia assinando um recibo de retirada, quando poderia fazer as retiradas mensais<br />

através do cartão magnético? E por que deixaria tal quantia se acumular durante<br />

quase dois anos, sem nada retirar, quando pleiteou junto àquela autarquia para receber<br />

um único mês, qual seja o último que sua mãe estava viva (fls. 72)?<br />

4 - É sabido que o delito em questão importa um outro atuar, ou seja, o<br />

estelionatário pratica saques mensais na conta bancária do falecido segurado, para<br />

não levantar suspeita pela paralisação da referida conta. E, na presente hipótese,<br />

percebe-se que foi justamente ao contrário, como bem marcado pelo representante do<br />

Parquet Federal, in verbis:<br />

“Frise-se, ademais, que a conta bancária da falecida permaneceu<br />

sem saques e registrando apenas os sucessivos depósitos de<br />

proventos durante 25 meses, isto é de agosto de 1991 a setembro de<br />

1993, sem que o Banco Nacional (atual Unibanco) ou mesmo o<br />

INSS tomassem qualquer providência, salvo quando, após inusitado<br />

e único saque, no dia 13 de outubro de 1993, que levantou todo o<br />

numerário, o beneficiário veio a ser suspenso.”<br />

5 - Veja-se a jurisprudência, sobre o assunto:<br />

“A) DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. ESTELIONATO<br />

QUALIFICADO. AUSÊNCIA DE PROVA QUANTO À<br />

CO-AUTORIA DELITIVA. DEPOIMENTOS CONTRADITÓRIOS<br />

DO OUTRO ACUSADO. PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO.<br />

ABSOLVIÇÃO.<br />

1. EMBORA TENHA RESTADO COMPROVADA A<br />

MATERIALIDADE DO DELITO DE ESTELIONATO PRATICADO<br />

EM DETRIMENTO DO PATRIMÔNIO DO INSTITUT O<br />

Rev. jurisprud. Trib. Reg. Fed. 2. reg. v. 10, n. <strong>33</strong>, p. 1-<strong>33</strong>9, jan./mar. 2002

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!