27.04.2013 Views

REVISTA 33 - Jurisprudência - TRF

REVISTA 33 - Jurisprudência - TRF

REVISTA 33 - Jurisprudência - TRF

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

116<br />

Acompanharam a inicial os documentos de fls. 15/98.<br />

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO<br />

O MM. Juízo impetrado prestou informações às fls. 102/104, alegando a<br />

inexistência de ilegalidade ou abuso de poder na determinação de abertura de inquérito,<br />

porquanto “há notícia de que o paciente se identificara como Fiscal da Receita Federal,<br />

o que efetivamente não é. Forçoso, portanto, que se apure a verdade, definindo-se<br />

responsabilidades, eis que se atribuir falsa identidade a alguém é crime”.<br />

O digno representante do Ministério Público Federal opinou, às fls. 107/108,<br />

pela denegação da ordem.<br />

É o Relatório.<br />

_____ VOTO _____________________________________________<br />

O EXMO. SR. DESEMBARGADOR FEDERAL VALMIR PEÇANHA<br />

(RELATOR):<br />

Insurgem-se os impetrantes contra a abertura de inquérito policial contra o<br />

paciente para investigar possível prática de crime de falsa identidade (art. 307 do<br />

Código Penal).<br />

Segundo a autoridade impetrada, que, deferindo pedido do MPF,<br />

determinou a abertura de inquérito, “há notícia de que o paciente se identificara<br />

como Fiscal da Receita Federal, o que efetivamente não é. Forçoso, portanto, que se<br />

apure a verdade, definindo-se responsabilidades, eis que se atribuir falsa identidade<br />

a alguem é crime”.<br />

Imperioso se mostra examinar a conduta do paciente para compará-la ao<br />

tipo do art. 307 do Código Penal, cujos termos são os seguintes:<br />

“Art. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para<br />

obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano<br />

a outrem.”<br />

Registre-se, de início, que, em depoimento prestado em audiência, o guarda<br />

portuário Haroldo Moura dos Santos, que interceptou o paciente e o atingiu com um<br />

tiro, assim relatou os fatos:<br />

“...no dia 24 de novembro de 1998, em hora que não pode precisar,<br />

estava de serviço quando um veículo Palio, de cor vermelha, com<br />

três pessoas em seu interior quis entrar nas dependências do Porto<br />

Rev. jurisprud. Trib. Reg. Fed. 2. reg. v. 10, n. <strong>33</strong>, p. 1-<strong>33</strong>9, jan./mar. 2002

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!