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O PCP e a guerra fria.pdf - RUN UNL - Universidade Nova de Lisboa

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Vieira <strong>de</strong> Almeida, Pulido Valente, Dias Amado. Fernando Fonseca, Maria Isabel<br />

Aboim Inglês, Ferreira <strong>de</strong> Castro, João Saias, Gue<strong>de</strong>s Pinheiro, Teixeira <strong>de</strong> Pascoaes,<br />

Tito <strong>de</strong> Morais, Amália Magalhães, Estela Correia, Lopes Graça e Cesina Bermu<strong>de</strong>s,<br />

integrando estes dois últimos a fracção comunista, controlada por Gilberto <strong>de</strong> Oliveira<br />

(Ribeiro) 483 .<br />

Já se havia igualmente iniciado um movimento por baixo, no sentido <strong>de</strong> começar<br />

a organizar as respectivas estruturas <strong>de</strong> base, com sessões, por exemplo, em Marvila,<br />

Sacavém ou Boba<strong>de</strong>la, assim como se criaram comissões <strong>de</strong> freguesia na Ajuda ou em<br />

Belém, territórios <strong>de</strong> tradicional influência do <strong>PCP</strong>.<br />

do CC:<br />

Sérgio Vilarigues reconhece esses esforços no informe que apresenta à reunião<br />

“É certo que [a]os esforços do nosso Partido se <strong>de</strong>ve, no fundamental, as<br />

lutas que têm tido lugar no nosso país contra a política <strong>de</strong> <strong>guerra</strong> da<br />

camarilha salazarista. É certo que ao trabalho persistente do nosso Partido<br />

se <strong>de</strong>ve em gran<strong>de</strong> parte a constituição da chamada Comissão Nacional<br />

para a Defesa da Paz e <strong>de</strong> várias comissões <strong>de</strong> base. É certo que à justa<br />

orientação política do nosso Partido e aos esforços sem conta dos seus<br />

militantes se <strong>de</strong>ve em gran<strong>de</strong> parte tudo isto e o início do movimento<br />

nacional” 484 .<br />

Objectivamente, tratava-se <strong>de</strong> criar um movimento pela paz paralelamente ao já<br />

constituído MND, ainda que muitos dos seus dirigentes fossem simultaneamente <strong>de</strong><br />

ambas as organizações.<br />

Do mesmo modo, também ao MUD Juvenil já fora também incumbida a<br />

abertura <strong>de</strong>sta frente <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, com importância primordial pelo que, a propósito, a<br />

respectiva Comissão Central não per<strong>de</strong>ra tempo a editar uma longa circular a esse<br />

propósito 485 .<br />

No entanto, se a tarefa central do <strong>PCP</strong> era a luta pela <strong>de</strong>fesa da paz e pela<br />

proibição da bomba atómica, a que se subordinavam as diferentes áreas <strong>de</strong> intervenção<br />

partidária, todo um conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiências e opiniões <strong>de</strong>rivavam em maior ou menor<br />

grau das orientações estabelecidas para a concretização <strong>de</strong>sta consigna.<br />

483<br />

Cf. <strong>PCP</strong>... [28], IAN/TT, Pi<strong>de</strong>-DGS, P. 174/GT<br />

484<br />

I<strong>de</strong>m, p. 21<br />

485<br />

A Comissão Central do MUD Juvenil, A Juventu<strong>de</strong> e a Paz, Circular da Com. Central do MUD Juvenil, Junho <strong>de</strong> 1950, cicl..,<br />

p..5<br />

193

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