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O PCP e a guerra fria.pdf - RUN UNL - Universidade Nova de Lisboa

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Manuel Amador <strong>de</strong> Deus Corticeiro 1925 14 2 1 ___<br />

João Alberto Raimundo Serralheiro 1911 20 ___ ___ ___<br />

José Miguel Assal. agrícola 1920 17 3 1,5 1,5<br />

Alda Nogueira Lic. em Física 1923 15 8 ___ ___<br />

Manuel Valadares Físico Nuclear 1904 15 ___ ___ 10 *<br />

Sofia Oliveira Ferreira Doméstica 1922 12 11 3,5 ___<br />

Virgínia Faria <strong>de</strong> Moura Eng. Civil 1915 13 3 4 ___<br />

* Não obstante a referência não se apuraram quaisquer outras referências à sua inclusão anterior no CC,<br />

estando aliás exilado em França <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1947<br />

Entre os 16 membros efectivos e 10 suplentes eleitos nesse Congresso, são<br />

apenas seis os que ascen<strong>de</strong>m pela primeira vez à direcção partidária, dos quais duas<br />

funcionárias que <strong>de</strong>senvolviam trabalho <strong>de</strong> organização, isto é, <strong>de</strong> controlo político -<br />

Alda Nogueira e Sofia Ferreira, bem como Gui Lourenço, que era ao tempo já um<br />

velho funcionário, clan<strong>de</strong>stino <strong>de</strong>s<strong>de</strong> das greves <strong>de</strong> 1944, vindo <strong>de</strong> Alhandra, da<br />

Cimentos Tejo.<br />

Dos dois outros quadros operários que ascen<strong>de</strong>m pela primeira vez à Direcção,<br />

Manuel Amador <strong>de</strong> Deus, corticeiro na zona oriental <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, passara à<br />

clan<strong>de</strong>stinida<strong>de</strong> em 1956, tendo sido preso dois anos antes como militante do MND<br />

contando com mais <strong>de</strong> uma década <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> militante. João Raimundo, por sua vez,<br />

era um militante legal, que nunca fora funcionalizado, também com longos anos <strong>de</strong><br />

militância e com um papel importante na zona <strong>de</strong> Almada-Seixal quando no rescaldo<br />

das presenciais <strong>de</strong> 1958 conseguiu segurar a organização num quadro <strong>de</strong> forte pressão<br />

repressiva.<br />

Finalmente foi eleita Virgínia Moura, engenheira, também com largos anos no<br />

<strong>PCP</strong>, com papel <strong>de</strong>stacado nos movimentos legais posteriores à ruptura do MUD, que<br />

sofrera inclusivamente várias prisões.<br />

Manuel Valadares, físico nuclear prestigiado, é igualmente apontado como<br />

membro suplente do Comité Central, com <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> direcção, o que<br />

parece pouco provável. Valadares exilado em França <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1947, a trabalhar no<br />

laboratório <strong>de</strong> Joliot-Curie no CNRS, vinha no entanto <strong>de</strong>senvolvendo uma intensa<br />

activida<strong>de</strong> em torno da constelação Kominformiana <strong>de</strong> organizações pela Paz, ao<br />

mesmo tempo que assegurava uma ligação fundamental ao PC Francês e, por essa via,<br />

ao movimento comunista internacional.<br />

Depois do Congresso, apesar da repressão que se abateu sobre o <strong>PCP</strong> e a sua<br />

direcção após as eleições <strong>de</strong> 1958, Carlos Aboim Inglês ascen<strong>de</strong> ao CC, como suplente,<br />

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