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O PCP e a guerra fria.pdf - RUN UNL - Universidade Nova de Lisboa

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Américo Leal * Corticeiro 1922 1944 1948 1955<br />

Jaime Serra * Metalúrgico 1921 1937 1947 1952<br />

Georgete Oliveira Ferreira ** Costureira 1924 1942 1945 1965 ?<br />

Pedro Soares ** Estudante 1915 1932 1940 1952<br />

Domingos Abrantes *** Metalúrgico 1936 1954 1956 1963<br />

António Dias Lourenço *** Metalúrgico 1915 1932 1941 1943<br />

António Gervásio * Assal. Agrícola 1927 1945 1952 1963<br />

Cândida Ventura ** Lic. em História 1918 1936 1943 1946<br />

José Magro *** Emp. Escritório 1920 1940 1945 1957<br />

Rogério <strong>de</strong> Carvalho * Emp. Seguros 1922 1947 1952 1964<br />

Alda Nogueira *** Professora 1923 1942 1949 1957<br />

Carlos Aboim Inglês *** Estudante 1930 1946 1956 1959<br />

Aurélio Santos ** Estudante 1931 1955 1956 1965<br />

Ilídio Esteves * Carpinteiro 1924 1953 1954 1965<br />

* no interior; ** no exterior; *** preso<br />

No interior, é também reconduzido todo o núcleo duro – Joaquim Gomes, Jaime<br />

Serra, Alexandre Castanheira, além do grupo <strong>de</strong> quadros dirigentes com funções quer<br />

nas troikas regionais quer no aparelho <strong>de</strong> imprensa, como Américo Leal, António<br />

Gervásio, Rogério <strong>de</strong> Carvalho ou Sofia Ferreira.<br />

Dos dirigentes que se encontravam presos, a maioria é reeleita – Octávio Pato,<br />

Dias Lourenço, Aboim Inglês, José Magro, Alda Nogueira, Blanqui Teixeira ou Carlos<br />

Costa. Domingos Abrantes, preso nas vésperas do Congresso integrará igualmente a<br />

lista para o CC.<br />

Aurélio Santos, um quadro vindo do MUD Juvenil a actuar em Bucareste na<br />

Rádio Portugal Livre será igualmente eleito, assim como Ilídio Esteves, funcionário no<br />

interior, que, actuando na região <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, será no entanto preso logo em Outubro <strong>de</strong><br />

1965.<br />

Deste modo, entre 1946 e 1965, isto é, entre o IV e o VI Congresso, passaram<br />

pelo Comité Central do <strong>PCP</strong>, como efectivos e suplentes, mais <strong>de</strong> meia centena <strong>de</strong><br />

elementos, dos quais cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong>, 25, serão eleitos no congresso <strong>de</strong> Kiev.<br />

De algum modo, o Congresso <strong>de</strong> 1965 sintetiza, ao nível dos quadros que vão<br />

compor a direcção, o percurso do partido nesses quase vinte anos. O efeito <strong>de</strong> várias<br />

conjunturas políticas na experiência <strong>de</strong> duas gerações <strong>de</strong> militantes plasmam-se no<br />

Comité Central que daí sai.<br />

A primeira geração, a que pertencem Álvaro Cunhal, Francisco Miguel, Manuel<br />

Rodrigues da Silva, Sérgio Vilarigues, Joaquim Pires Jorge, António Dias Lourenço,<br />

Pedro Soares ou Cândida Ventura é a que faz a reorganização <strong>de</strong> 1940-41, com quadros<br />

políticos vindos dos anos trinta, quadros que na fase final do “velho” partido haviam<br />

integrado a Direcção, mesmo que <strong>de</strong> modo efémero e em contexto <strong>de</strong> crise partidária<br />

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