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O PCP e a guerra fria.pdf - RUN UNL - Universidade Nova de Lisboa

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quase 36%, adquire essa condição nos anos da chamada “correcção do <strong>de</strong>svio <strong>de</strong><br />

direita”.<br />

O período entre a funcionalização e a prisão, apurado em função da amostra, é<br />

em média <strong>de</strong> pouco mais <strong>de</strong> cinco anos, o que é um período consi<strong>de</strong>rável, tendo em<br />

conta as condições <strong>de</strong> vida clan<strong>de</strong>stina e o cerco permanente motivado pelos aparelhos<br />

repressivos..<br />

Por outro lado, verificando o local ou a região on<strong>de</strong> se verifica a prisão <strong>de</strong>stes<br />

funcionários temos uma i<strong>de</strong>ia das zonas <strong>de</strong> maior pressão por parte <strong>de</strong>sses aparelhos.<br />

Quadro 15<br />

Locais <strong>de</strong> prisão dos funcionários<br />

Região Sub-região Func. Presos Sub<br />

total %<br />

Norte Porto 3<br />

Coimbra<br />

Outras<br />

7<br />

2<br />

12 17.1<br />

<strong>Lisboa</strong> Cida<strong>de</strong> 19<br />

Oeste<br />

Ribatejo<br />

2<br />

2<br />

23 32.8<br />

Sul Margem Sul 8<br />

Alentejo<br />

Algarve<br />

12<br />

3<br />

23 32.8<br />

Aparelhos Apoio CC 1 8 11.4<br />

Tipografias 7<br />

Sem indicação 3 5.9<br />

Não preso 1<br />

A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> era um dos sectores mais difíceis <strong>de</strong>vido justamente à<br />

vigilância policial. Um relatório <strong>de</strong> finais <strong>de</strong> 1962, ou inícios do mês seguinte, referia-se<br />

aos “perigos especiais no sector <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>”; pois, entre 1957 e 1962, 50 dos 86<br />

funcionários presos foram-no nesta cida<strong>de</strong>, bem como 16 dos 24 membros do Comité<br />

Central, entre efectivos e suplentes, igualmente presos nesse período 1480 .<br />

Logo <strong>de</strong> seguida, em Janeiro <strong>de</strong> 1963 todo o Comité Local <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, que<br />

acabara <strong>de</strong> ser recomposto, é preso – Pedro Manuel Lourenço dos Santos, A<strong>de</strong>lino<br />

Pereira da Silva e Gilberto <strong>de</strong> Jesus Ferreira.<br />

Sem que se tivesse conseguido apurar a forma como foi <strong>de</strong>tectado pela polícia,<br />

Pedro Manuel Santos é preso a 22 <strong>de</strong>sse mês quando saía <strong>de</strong> casa, sendo a sua instalação<br />

1480 Cf. IANTT, PIDE-DGS, PC 1641763, Sobre a reunião e resolução do CC, [174], p. 1 e [186], p. 3<br />

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