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vigoroso, mas de dois ou três para levantar seus cento e vinte quilos para<br />

passar um trecho íngreme ou para subir um lance de escadas. Se, quando<br />

saíamos juntos à noite, encontrássemos um único degrau, estávamos em apuros.<br />

Ao contrário de mim, Stephen, surpreendentemente, em geral pegava<br />

as inúmeras doenças mais simples que as crianças traziam da escola para<br />

casa. Ele mantinha um apetite saudável e uma constituição robusta,<br />

orgulhando-se de nunca perder um dia de trabalho. Gente de fora não tinha<br />

noção, no entanto, de como seu corpo havia se tornado dolorosamente emaciado, nem era<br />

comum que testemunhassem os ataques horrendos de<br />

asfixia que apareciam na hora da ceia e duravam até a madrugada, quando<br />

então eu o embalava nos braços como uma criança assustada, até que os sibilos diminuíam e<br />

sua respiração entrava no ritmo fácil do sono.<br />

Tentamos evitar esses ataques experimentando diferentes dietas, primeiro<br />

eliminando o açúcar, a seguir os produtos lácteos, e, por fim, o glúten, a proteína da farinha<br />

que dá liga a pães e bolos. Eram todos suspeitos de irritar a hipersensível mucosa de sua<br />

garganta. Embora as crianças e eu continuássemos a comer pães e bolos, e cozinhar sem<br />

açúcar não tenha sido difícil, o desafio da culinária sem glúten na década de 1970 – muito<br />

antes do advento dos produtos “livre de” nas prateleiras dos<br />

supermercados – exigiu alguns ajustes importantes na cozinha, pois farinha<br />

sem glúten naqueles dias era um pesadelo culinário. Mesmo assim, o desafio era infinitamente<br />

preferível a esses terríveis ataques de asfixia com risco de morte.<br />

Bem quando achávamos que havíamos escapado do pior dos males do<br />

inverno, a primavera de 1976 nos esperava com uma série de pegadinhas<br />

cruéis que fizeram dela uma pista com obstáculos parecida com um<br />

tabuleiro do jogo Rampas e Escadas, mas com muito mais rampas que escadas e com os dados<br />

viciados para cair sempre nas primeiras. Em 20 de<br />

março caímos na primeira rampa do tabuleiro, quando Lucy pegou<br />

catapora. Essa banal, mas chata, doença certamente era mais bem superada

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