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Nigel, meu Svengali pessoal, colocasse diante de mim, fosse Schubert, Schumann, Brahms,<br />

Mozart, Britten, Bach ou Purcell. Graças<br />

a Stephen, eu rapidamente adquiri minha biblioteca de música, visto que ele me dava livro<br />

após livro de música de aniversário e de Natal. Às vezes<br />

eu era chamada para cantar um verso solo na Igreja. De início, o medo do<br />

palco era aterrorizante, mas, com a prática, ele foi diminuindo, e logo minha voz, que Nigel<br />

havia meticulosamente transformado em um<br />

instrumento, surpreendeu até a mim. Eu estava produzindo um som que tinha pouca relação<br />

com minha suave e incerta voz ao falar. Era forte e confiante, a voz de outra pessoa,<br />

equilibrada, segura e firme.<br />

Um fim de semana, naquela primavera, meu irmão, Chris, e sua esposa,<br />

Penelope, trouxeram sua filhinha para ficar, e eu lhes apresentei Jonathan<br />

como um novo amigo. Eles não pediram explicações de uma situação que eu mesma não podia<br />

explicar totalmente. Também foram um público<br />

receptivo e grato por algumas canções. Em seguida, Penelope comentou sobre a atmosfera de<br />

domingo à tarde na sala de estar. Disse que era mágica, como se uma grande sensação de paz e<br />

calma descesse sobre nossa<br />

casa. Essa observação reconfortante aumentou minha confiança em minha<br />

nova amizade. Chris se deu muito bem com Jonathan, e antes de ir embora<br />

chamou-me de lado para deliberadamente me dizer que achara Jonathan uma pessoa<br />

maravilhosa, em especial ressaltando seus magníficos olhos bizantinos. Mais tarde, ele me<br />

telefonou de Devon. Conversamos por um longo tempo, discutimos minha situação e como<br />

estava mudando. Ouvi os<br />

conselhos de Chris com muita seriedade, de coração. “Você levou seu barquinho sozinha, por<br />

um mar muito tempestuoso e desconhecido, por muitos anos”, disse ele, e prosseguiu: “Se<br />

houver alguém à mão disposto a<br />

embarcar e guiar o barco a um porto seguro, aceite qualquer ajuda que ele<br />

possa oferecer.”<br />

Mais tarde, naquele verão, recebemos a visita de minha antiga diretora,<br />

senhora M. Hilary Gent, que regularmente nos incluía em sua jornada anual

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