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semanas seguintes, que foram também as semanas de sua convalescença.<br />

Na noite de estreia, Robert ficou na bilheteria, Lucy vendia programas e<br />

vários amigos atuaram como lanterninhas, enquanto eu corria para lá e para cá, fazendo a<br />

ligação entre a frente da casa e os bastidores e cuidando de Stephen, sentado ao lado do palco.<br />

Para nossa surpresa, a fila para comprar ingressos se estendia até o pátio. Contamos cada<br />

membro da plateia conforme entravam na sala de concertos naquela noite de junho, visto que a<br />

casa cheia era crucial para o sucesso financeiro da empreitada.<br />

“Sucesso financeiro” não significava ter lucro; significava só cobrir os gastos. Todas as<br />

poltronas estavam ocupadas e a apresentação, intitulada The Trumpet Shall Sound, foi<br />

aplaudida. Entusiasmada com o sucesso do concerto de 1984, a Cambridge Barroque<br />

Camerata se aventurou nos<br />

palcos de novo em 1985, com mais uma promoção própria – um programa<br />

para marcar o tricentenário do nascimento de Bach, Handel e Scarlatti.<br />

Felizmente, a aposta valeu a pena uma segunda vez – embora, em algumas<br />

ocasiões posteriores, atrações inesperadas rivais, como a final de futebol televisionada,<br />

diminuíssem deprimentemente o tamanho da audiência. A<br />

estreia da orquestra em Londres, prevista para outubro de 1985 no Queen<br />

Elizabeth Hall, devia ser considerada um investimento para o futuro, pois certamente as contas<br />

não fechariam, mas atrairia para a Cambridge<br />

Barroque Camerata a atenção de um amplo público.<br />

Nosso lar parecia ter recuperado um considerável grau de equilíbrio.<br />

Ninguém teve resultados mais satisfatórios que o próprio Stephen, que havia acabado de<br />

escrever o primeiro rascunho de um livro popular sobre<br />

Cosmologia e as origens do universo. O tamanho do livro mudou com uma<br />

discussão com os primeiros cosmólogos modernos sobre as teorias da<br />

Física de partículas e da flecha quântica do tempo – com especial referência, é claro, ao<br />

significado dos buracos negros. Em conclusão, o autor aguarda com expectativa o momento em<br />

que a humanidade será<br />

capaz de “conhecer a mente de Deus” através da formulação, em alguma data não muito<br />

distante no futuro, de uma teoria unificada completa do universo, a teoria de tudo. Stephen

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