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uma vaga na Universidade de Cambridge, no Corpus Christi College, faculdade de meu pai,<br />

para cursar ciências naturais.<br />

–– 2 ––<br />

A LINHA TÊNUE<br />

SE O COMPARATIVAMENTE TRIVIAL PROBLEMA DO PASSAPORTE DE TIM TOMOU<br />

UMA<br />

quantidade excessiva de tempo para ser resolvido – na natureza às<br />

avessas das coisas durante esse período –, um assunto muito mais sério foi<br />

resolvido em questão de segundos. Dois dias depois de nossa chegada a Genebra, o médico<br />

responsável pelo caso de Stephen pediu para falar comigo sobre um assunto de certa urgência.<br />

Ele me levou para uma sala lateral nua e cinza. No começo, achei que ele só queria checar os<br />

fatos da existência excepcional de Stephen. A equipe de enfermagem havia<br />

começado a aceitar que Stephen não era um paciente comum, nem vítima<br />

de negligência por parte de sua família. Depois de ter verificado vários detalhes de sua<br />

fenomenal longevidade e de sua autogestão, o médico foi abruptamente ao ponto. A questão<br />

era se sua equipe devia desligar o ventilador enquanto Stephen estivesse dopado, ou se devia<br />

tentar trazê-lo<br />

de volta da anestesia. Fiquei chocada. Desligar o suprimento de vida era impensável. Que<br />

ignominioso fim para uma luta tão heroica pela vida! Que<br />

negação de tudo pelo qual eu também havia lutado! Minha resposta foi pronta e rápida. Eu não<br />

precisava nem pensar nisso ou discutir o assunto<br />

com outras pessoas, visto que só havia uma resposta possível.<br />

– Stephen tem de viver. Você deve trazê-lo de volta da anestesia –<br />

respondi.<br />

O médico passou a explicar as complicações dos procedimentos que se

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