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Addenbrooke, esperava-nos na pista com uma ambulância.<br />

Embora Stephen houvesse inegavelmente recebido excelente<br />

tratamento em Genebra, houve um sentimento irreprimível de alívio por estar de volta à casa,<br />

onde nós e nossa situação éramos bem conhecidos.<br />

Muitas pessoas familiares apareceram na UTI naquele dia, incluindo Judy Fella, ex-secretária<br />

de Stephen. Ela já havia lutado por ele e estava pronta para prestar toda a ajuda necessária.<br />

Não houve surpresa com a ambiciosa<br />

programação de viagens de Stephen, ou incredulidade quanto ao domínio sobre a ELA por<br />

parte da equipe do Addenbrooke. Foi necessário um mínimo de explicação geral. No entanto,<br />

foram necessárias explicações detalhadas da gestão de seu caso, das rotinas que ele havia<br />

desenvolvido, das quantidades precisas e das frequências dos medicamentos que ele tomava,<br />

das posições que gostava de adotar quando deitado na cama, de sua insistência por uma dieta<br />

sem glúten, mesmo quando alimentado por sonda. Todos e cada um desses assuntos, e muitos<br />

mais, tornaram-se objeto<br />

de longas discussões e investigações.<br />

Três dias após o voo, quando a condição de Stephen estava estabilizada<br />

nos cuidados intensivos, John Farman achou que seria possível aliviar sua<br />

dependência do respirador; ele fez questão de incentivá-lo a respirar sem<br />

ajuda, na esperança de evitar a traqueostomia. Na terça-feira, 20 de agosto, Stephen parecia<br />

estar fazendo progresso suficiente para tentar. Ele estava<br />

confortável e ganhando forças, e nós – ou seja, o maior número de amigos e<br />

parentes que puderam se reunir – havíamos desenvolvido um sistema<br />

rotativo de guarda dia e noite. Normalmente, os estudantes – sofridos de longa data – ou nossa<br />

equipe de enfermeiros ou fisioterapeutas, incluindo<br />

Sue Smith e Caroline Chamberlain, ficavam com Stephen à noite, e a família<br />

e outros amigos se revezavam durante o dia. Os enfermeiros prometeram<br />

ligar se Stephen precisasse de mim naquela noite, enquanto davam início ao delicado processo<br />

de desligá-lo do respirador.<br />

O telefone tocou em meu quarto às primeiras horas da manhã. A<br />

enfermeira da ala falou pouco, mas achava que eu devia ir para o hospital

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