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indescritível de todas as ciências, ele conseguiu aplacar a intelectualidade científica e atrair o<br />

leitor popular.<br />

Embora não houvesse como negar que o livro era um sucesso<br />

fenomenal, eu tentava manter na confidencialidade a correspondência<br />

relativa aos generosos direitos autorais. Se nossa súbita onda de riqueza se tornasse pública,<br />

eu sabia que corria o risco de perder muitos dos meus amigos de verdade com quem no<br />

passado havia ralado e economizado para<br />

fazer face às despesas, e também estava ciente de que qualquer publicidade<br />

dada a nossa situação financeira melhorada atrairia exatamente o tipo de pessoas com as quais<br />

eu não queria ter nada a ver. No passado, enquanto a<br />

mente de Stephen estava focada em assuntos mais importantes, eu cuidara<br />

dos nossos assuntos financeiros, sempre com um olho ansioso no futuro incerto, quando ele<br />

pudesse ficar doente demais para trabalhar e o dinheiro desaparecesse. Eu cuidava do<br />

orçamento familiar com prudência e<br />

acumulara uma poupança suficiente para pagar os estudos superiores de Lucy e proporcionar<br />

uma proteção contra um dia chuvoso, o que para nós<br />

poderia representar meses e anos. Desde a assinatura do contrato de Uma<br />

breve história. . em 1985, eu também cuidava da correspondência sobre o assunto com o<br />

agente em Nova York. Inexplicavelmente, o acordo que eu havia feito sobre os direitos<br />

autorais de repente foi modificado pelas minhas costas. Foi pelo agente em Nova York que eu<br />

soube da mudança: ele<br />

me disse que havia sido instruído a enviar toda a correspondência<br />

relacionada ao livro de Stephen ao Departamento, e não mais para casa. Eu<br />

não tinha ideia do que havia provocado essa mudança, e Stephen não me deu nenhuma<br />

explicação. Era como se, depois de muitos anos de confiança<br />

mútua, minha capacidade de lidar com assuntos financeiros de forma<br />

eficiente e com discrição estivesse sendo questionada. Na confusão<br />

resultante, até os auxiliares mais casuais eram autorizados a abrir e ler correspondência<br />

privada; ficava espalhada em escrivaninhas e mesas,<br />

deixadas ali para que qualquer um visse, como uma confirmação da

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