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Apenas um mês depois estávamos de novo em Roma, onde Stephen<br />

seria recebido pelo papa na Pontifícia Academia de Ciências, apesar das heresias que ele<br />

ainda andava pregando sobre o universo não ter começo<br />

nem fim. Tim foi também, assim como a comitiva de enfermeiros e o jovem<br />

assistente pessoal, cuja responsabilidade era cuidar do funcionamento do computador e da<br />

mecânica de palestras de Stephen. Tentamos escolher os<br />

enfermeiros que sabíamos ser católicos e que apreciassem a importância da ocasião. Tivemos<br />

sorte porque duas das enfermeiras mais confiáveis e agradáveis da escala, Pam e Theresa,<br />

eram católicas e ficaram muito felizes<br />

ao ser convidadas. Precisávamos de três enfermeiros, no entanto, mas nem<br />

todos ficaram tão entusiasmados como as duas. Foi só no último minuto que Elaine Mason<br />

concordou em ir conosco: e isso só depois que ficou claro<br />

que ela não teria de apertar a mão do papa, visto que esse gesto seria contra seus princípios.<br />

A segunda visita a Roma foi mais formal que a primeira de 1981. O<br />

tempo estava melhor, e também nossas acomodações. Ficamos em um<br />

hotel muito mais confortável, mais perto do Vaticano, e visitas especiais aos tesouros da arte<br />

do Vaticano foram organizadas para as mulheres e as crianças enquanto os cientistas<br />

conferenciavam na sede renascentista da Academia. O clímax da visita foi uma audiência com<br />

o papa João Paulo II, na<br />

qual todos os membros do grupo de Stephen foram recebidos. Com a mão<br />

descansando suavemente sobre a cabeça de Tim, o papa falou baixinho com<br />

Stephen e comigo, apertando nossas mãos e dando-nos sua bênção. Depois,<br />

apertou as mãos dos outros, e nenhum deles resistiu. Fiquei comovida com<br />

a cordialidade de sua personalidade, a suavidade de suas grandes mãos e a<br />

santidade da luz de seus brilhantes olhos azuis. Eu não tinha preconceitos<br />

religiosos, e havia ido a Roma com o coração e a mente abertos. O papa tocou meu coração e<br />

minha mente, porque – política e dogmas à parte –<br />

senti que ele sinceramente se preocupava com as pessoas que conhecia e as

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