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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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produção do tap sem <strong>de</strong>svios. Essas análises permitem acompanhar aevolução do tratamento fonoaudiológico voltado à a<strong>de</strong>quação das produçõesorais da fala <strong>de</strong> sujeitos com <strong>de</strong>svios articulatórios, traduzindo-se em umavaliosa ferramenta terapêutica para pacientes e fonoaudiólogos.“INADEQUAÇÕES ACÚSTICAS” NA FALA INFANTIL:PRODUÇÃO E PERCEPÇÃOCarla Cristofolini e Izabel Christine Seara (PGL - UFSC)A análise acústica da fala permite estudar em maiores <strong>de</strong>talhes a produçãodos segmentos <strong>de</strong> uma língua. Com esse enfoque acústico, analisaram-seconsoantes oclusivas e fricativas do português <strong>br</strong>asileiro (PB) na fala <strong>de</strong>crianças com ida<strong>de</strong>s entre 10 e 12 anos. As crianças falam a<strong>de</strong>quadamente oPB, mas parte <strong>de</strong>las apresenta, em suas escritas, trocas grafêmicas relativasao traço <strong>de</strong> sonorida<strong>de</strong>. Este estudo focaliza-se então no vozeamento <strong>de</strong>segmentos oclusivos e fricativos, uma vez que esse é o traço que trazdificulda<strong>de</strong>s na escrita para as crianças analisadas. O corpus a ser gravadofoi baseado nas palavras que apresentaram trocas nas redações das crianças.Essas palavras foram inseridas em pequenos textos e em frases veículo. Asgravações e análises acústicas foram realizadas no PRAAT (disponível emwww.praat.<strong>org</strong>).Tradicionalmente, a literatura da área caracteriza consoantesvozeadas, <strong>de</strong>ntre outros parâmetros (por exemplo: VOT e duração), comoaquelas que apresentam pulsos glotais, o que evi<strong>de</strong>ncia a vi<strong>br</strong>ação das pregasvocais. A não ocorrência <strong>de</strong> tais pulsos caracterizaria as consoantes nãovozeadas.Análises qualitativas <strong>de</strong>talhadas realizadas no presente estudoencontraram características acústicas diferentes daquelas apontadas pelaliteratura para a distinção do traço <strong>de</strong> sonorida<strong>de</strong>. Assim, esta pesquisapreten<strong>de</strong> <strong>de</strong>screver e classificar essas características, aqui <strong>de</strong>nominadas <strong>de</strong>ina<strong>de</strong>quações acústicas, em segmentos oclusivos e fricativos na fala <strong>de</strong>crianças que apresentavam trocas (grupo trocas) e naquelas que nãoapresentavam tais trocas ortográficas na escrita (grupo controle). Comoexemplo <strong>de</strong>ssas ina<strong>de</strong>quações, tem-se a interrupção do vozeamento emfonemas vozeados, ou a presença do vozeamento em fonemas não vozeados(tanto oclusivos quanto fricativos), consoantes fricativas com explosão eoclusivas com múltiplas explosões. Uma diferença relevante entre os doisgrupos <strong>de</strong> crianças recai so<strong>br</strong>e a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quações. Enquanto, nogrupo controle, as ina<strong>de</strong>quações estão presentes em apenas 4% das oclusivase fricativas; no grupo trocas, este número é bem maior: 18% nas oclusivas e17% nas fricativas. Foram realizados testes perceptuais, nos quais secomparavam dois pares <strong>de</strong> sílabas: uma com ina<strong>de</strong>quação e outra não. Oobjetivo <strong>de</strong>sses testes era verificar como os segmentos com ina<strong>de</strong>quaçõeseram percebidos pelos sujeitos envolvidos nesta pesquisa e se as trocasortográficas po<strong>de</strong>riam estar associadas a produções ina<strong>de</strong>quadas quetrouxessem dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> percepção do traço <strong>de</strong> sonorida<strong>de</strong>. Os resultadosdos testes apontam para a correta percepção dos segmentos em 87% doscasos.114

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