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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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pesquisa, através <strong>de</strong> seus resultados, tem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auxiliar epromover o ensino <strong>de</strong> produção textual nas escolas.GT2 Evidências fonéticas e elaboração <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los fonológicosCoor<strong>de</strong>nadoresA<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Hercília Pescatori Silva (UFPR)Eleonora Cavalcante Albano (UNICAMP)EVIDÊNCIAS PARA A ADOÇÃO DE PRIMITIVOS DOTADOS DETEMPO INTRÍNSECO: OS RÓTICOSA<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> H.P. Silva (LEFON/UFPR)A caracterização acústica dos róticos do português <strong>br</strong>asileiro (Silva 1996;Silva, 2002; Nishida, 2005; Clemente, 2005; Ferraz, 2005; Silva, Clemente& Nishida, 2006) tem mostrado, consistentemente, que a alofonia <strong>de</strong>variação livre, como rotulada pela literatura fonológica, não é tão livre comoparece à primeira vista: os estudos citados evi<strong>de</strong>nciam que a realização dorótico, tanto em início como em final <strong>de</strong> palavra, não é aleatória, mascondicionada por fatos prosódicos ou pela natureza <strong>de</strong> um segmentoadjacente, como os segmentos vocálicos. Os estudos mostram, também, quea variação exibida pelos róticos não consiste tão somente na produção <strong>de</strong>uma variante ou outra, isto é, ora <strong>de</strong> uma vi<strong>br</strong>ante, ora <strong>de</strong> uma fricativa:assim, por exemplo, Silva (2002) observa a existência <strong>de</strong> um contínuo físicopara róticos iniciais <strong>de</strong> palavras, fato que vem se mostrando também para osróticos <strong>de</strong> final <strong>de</strong> palavra, segundo estudos recentes <strong>de</strong> Clemente (2007). Aalofonia gradiente exibida pelos róticos <strong>de</strong> início e final <strong>de</strong> palavra colocaum problema para a literatura fonológica tradicional, em especial <strong>de</strong>vido aofato <strong>de</strong> que tal alofonia é condicionada, nos dois casos específicos, pelaestrutura prosódica do enunciado on<strong>de</strong> os róticos se inserem. O problemaestá na maneira <strong>de</strong> se representar tais fatos na gramática da língua. Istoporque os mo<strong>de</strong>los fonológicos tradicionalmente tomam como primitivosunida<strong>de</strong>s dotadas <strong>de</strong> tempo extrínseco, i.e., unida<strong>de</strong>s em que o tempo é umavariável externa à sua própria estrutura. Portanto, ainda que se tente umtratamento via traços distintivos, por exemplo, é impossível captar agradiência envolvida na produção dos segmentos mencionados.Argumenta-se, então, neste trabalho, que os róticos constituem uma forteevidência empírica para se adotar mo<strong>de</strong>los que tomam primitivos dotados <strong>de</strong>tempo intrínseco para a sua representação: a incorporação da variável tempoà estrutura dos primitivos <strong>de</strong> análise, aliás, é um fato para o qual a literaturaatenta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da década <strong>de</strong> 90 (vi<strong>de</strong>, e.g., Fowler, 1980). Nestesentido, propõe-se que os róticos sejam representados à luz <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lodinâmico <strong>de</strong> produção da fala, como a Fonologia Gestual (Browman &Goldstein, 1992): mostrar-se-á que, neste caso, é possível dar conta daalofonia gradiente verificada.51

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