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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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proferido por seus <strong>org</strong>anizadores preten<strong>de</strong> promover um <strong>de</strong>slocamento namaneira como a “fronteira” é entendida, resignificando-a e tentando apagarsentidos outros, ignorando a relação com diferentes discursos. Para tal,necessitamos mobilizar alguns conceitos da Análise <strong>de</strong> Discurso paracompreen<strong>de</strong>r o processo que envolve a constituição dos sentidos, tais comoMemória discursiva, Formações Imaginárias, Simbólico e Esquecimentos.SUJEITO CENTRADO E SUJEITO CINDIDO: PREFERIDO EPRETERIDO NAS METODOLOGIAS DE ENSINO DE LÍNGUASESTRANGEIRASGiovani F<strong>org</strong>iarini Aiub (PPGLet/UFRGS – CAPES)O ensino <strong>de</strong> línguas estrangeiras tem se caracterizado principalmente por umecletismo metodológico. Tal ecletismo está presente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as escolas <strong>de</strong>educação básica até as escolas <strong>de</strong> línguas. Entretanto, a heterogeneida<strong>de</strong> nomodo <strong>de</strong> ensinar não tem garantido sucesso na aprendizagem <strong>de</strong>ssas línguasoutras, pelo contrário, Revuz (1998) afirma que é <strong>de</strong>stacável a alta taxa <strong>de</strong>insucesso na aprendizagem <strong>de</strong> línguas estrangeiras. Fazendo uma <strong>br</strong>evevisita a tais mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> ensino – como o behaviorista, o cognitivista, oconstrutivista, o interacionista, além <strong>de</strong> outros –, é possível perceber, através<strong>de</strong> uma análise prévia, que, embora sejam metodologias distintas, aconcepção <strong>de</strong> língua nestas abordagens permanece a mesma, isto é, umaconcepção <strong>de</strong> língua transparente, imanente, uma língua não atravessadapela historicida<strong>de</strong>, como se fosse possível uma relação termo a termo entreas “coisas” do mundo e a linguagem. Além disso, nestas abordagens, osujeito é visto como centrado, cartesiano, um sujeito que não é perpassadopelo inconsciente. Nesta perspectiva, pensando a língua, seja ela materna ouestrangeira, como i<strong>de</strong>al(izada), como um mero instrumento <strong>de</strong> comunicaçãoe o sujeito como indiviso, centrado, não há espaços para trabalhar comequívocos, com falhas no processo interpretativo, não há lugar para umsujeito constituído pela linguagem, um sujeito cindido, não há espaço parauma tomada da palavra em língua estrangeira. Nesse sentido, este trabalho,ao se filiar à teoria da Análise do Discurso <strong>de</strong> linha francesa, procura discutircomo esta concepção <strong>de</strong> língua transparente e <strong>de</strong> sujeito centrado acaba por,inevitavelmente, preterir a historicida<strong>de</strong>, que, diga-se <strong>de</strong> passagem, não éidêntica <strong>de</strong> uma língua para outra. Assim, sem essa ligação entre o sujeito, alíngua e a historicida<strong>de</strong>, não haveria a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> efeitos<strong>de</strong> sentidos, não haveria <strong>br</strong>echas para a interpretação. Dessa forma, oobjetivo <strong>de</strong>ste trabalho é, além <strong>de</strong> discutir as metodologias <strong>de</strong> ensinoapresentadas, mostrando as suas concepções <strong>de</strong> sujeito e <strong>de</strong> língua, mostrarque a tomada da palavra em língua estrangeira, que a produção <strong>de</strong> sentido setorna <strong>de</strong> fato possível quando a historicida<strong>de</strong> é levada em conta. E, para queisto ocorra, é preciso que haja uma concepção <strong>de</strong> língua e <strong>de</strong> sujeito distintada que esses métodos abarcam.403

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