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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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levou a criticar a idéia <strong>de</strong> resistência coarticulatória clássica tendo em vistaa coprodução V-V. Classicamente, a resistência está sempre ligada à relaçãoCV ou VC, fazendo com que a relativa in<strong>de</strong>pendência V-V, característica dacoprodução, fique em segundo plano. Os testes realizados com as vogais/i,a,u/ apontaram para uma maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> efeitos significativosquando essas vogais foram testadas em posição pré-tônica, em comparaçãocom os testes com as mesmas na posição tônica. Tal constatação está <strong>de</strong>acordo com a previsão <strong>de</strong> Fowler. No entanto, nossos achados tambémmostraram que o mesmo não vale para as vogais médias, pois essas, emposição tônica, sofreram efeitos tanto no sentido <strong>de</strong> assimilar a configuraçãoformântica da vogal prece<strong>de</strong>nte (F2), quanto no <strong>de</strong> dissimilar <strong>de</strong>ssaconfiguração formântica (F1). Outro achado importante são os indícios <strong>de</strong>que, na posição tônica, os valores <strong>de</strong> F1 das vogais médias são menores nosdados com foco, que apresentam durações maiores, do que nos dados semfoco, com durações menores. De acordo com a literatura, uma duração maiorteria, necessariamente, que ser acompanhada <strong>de</strong> uma subida no valor <strong>de</strong> F1(para o PB, ver Arnold 2005). Tal diminuição <strong>de</strong> F1 mostraria umacompensação tendo em vista o possível aumento <strong>de</strong> F1 em função da maiorduração <strong>de</strong>corrente do foco. De acordo com a Teoria da Perturbação, ummaior espaço faríngeo diminui F1, assim como um menor espaço o aumenta.Assim, uma posição mais alta da língua ten<strong>de</strong> a aumentar mecanicamente acavida<strong>de</strong> faríngea e diminuir F1. Por outro lado, a abertura da mandíbulaten<strong>de</strong> a diminuir mecanicamente a mesma cavida<strong>de</strong>, aumentando F1. Emnossos dados, uma relação entre a dissimilação formântica em V-V ediminuição <strong>de</strong> F1 em duração maiores, po<strong>de</strong>ria residir numa estratégia quevisasse restabelecer a qualida<strong>de</strong> da vogal apesar da abertura <strong>de</strong> mandíbulaassociada, seja à coprodução V_V, seja ao foco. Assim, em posições <strong>de</strong>proeminência, em que a vogal <strong>de</strong>ve manter-se distinta visando àinteligibilida<strong>de</strong>, a maior duração ou a coprodução dos segmentos po<strong>de</strong>riaprovocar a obliteração <strong>de</strong> algumas distinções. A retração da raiz da línguacompensaria esses efeitos nas vogais médias, que são relativamentepróximas entre si do ponto <strong>de</strong> vista acústico-auditivo. O corpusutilizado neste trabalho foi composto com dados <strong>de</strong> 6 falantes femininos doPB e dividido em 2 partes, <strong>de</strong> acordo com a presença <strong>de</strong> foco na não- palavra(pV 1 CV 2 ) utilizada. Foi utilizado o mo<strong>de</strong>lo estatístico GLM para medidasrepetidas, com cada sujeito constituindo uma unida<strong>de</strong> experimental, <strong>de</strong>acordo com o trabalho <strong>de</strong> Max & Onghena (1999).O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE SONS RÓTICOS PORCRIANÇAS COM QUEIXA FONOAUDIOLÓGICALuciana Lessa Rodrigues (PG - UNICAMP)O interesse no estudo da aquisição dos róticos por crianças com queixafonoaudiológica relacionada ao sistema fônico partiu, so<strong>br</strong>etudo, do fato <strong>de</strong>ser uma classe <strong>de</strong> sons <strong>de</strong> estabilização tardia, mesmo para crianças sem60

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