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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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O VOT NO PORTUGUÊS BRASILEIRO: ESTUDO NA FALACATARINENSESimone Klein (LINSE-UFSC)Há diversas pistas que po<strong>de</strong>m ser utilizadas na distinção entre segmentossonoros e surdos <strong>de</strong> uma língua. No caso das consoantes oclusivas, um dosparâmetros mais eficazes é o Voice Onset Time (VOT) – relação temporalentre a soltura da oclusão e o início da excitação glotal. O VOT apresentatrês categorias que irão caracterizá-lo, a saber, pré-sonorização, em que asonorização é anterior à soltura; retardo curto, no qual a sonorização ésimultânea ou imediatamente posterior à soltura; e retardo longo, cujovozeamento é posterior à soltura em cerca <strong>de</strong> 35 ms a 100 ms. Todas aslínguas que fazem o contraste sonoro versus surdo irão apresentar ou as trêscategorias, ou apenas duas. O português <strong>br</strong>asileiro, que distingue entreoclusivas sonoras e surdas, apresenta as categorias <strong>de</strong> pré-sonorização eretardo curto. Foram selecionados, para o presente estudo, quatro sujeitos,falantes nativos do português <strong>br</strong>asileiro, todos catarinenses. Para amontagem do corpus, foram empregados logatomas e palavras reais. Ossegmentos tinham, todos, a estrutura CV (consoante + vogal), e consistiramdas oclusivas /b, d, g/ e /p, t, k/ e das vogais /e, a, o/ do português <strong>br</strong>asileiro,inseridos em frases-veículo (FV). As gravações dos dados e análisesposteriores foram realizadas em um microcomputador com dispositivo <strong>de</strong>análise e síntese <strong>de</strong> fala – o Computer Speech Lab (CSL Mo<strong>de</strong>lo 4300 B daKay Elemetrics). Os valores <strong>de</strong> VOT foram obtidos a partir da forma-<strong>de</strong>onda,vinculada ao espectrograma. Nossos resultados revelaram umaprecedência longa <strong>de</strong> sonorização para as oclusivas sonoras e retardo curtopara as oclusivas surdas, embora estas últimas tenham apresentado valoresencaminhando-se para a área <strong>de</strong> retardo longo, ou seja, uma certa aspiração.O valor médio <strong>de</strong> VOT para a oclusiva sonora bilabial foi <strong>de</strong> -104,98 ms;para a sonora <strong>de</strong>ntal foi <strong>de</strong> -93,31 ms e para a velar, <strong>de</strong> -76,93 ms. Para asoclusivas surdas, os valores médios <strong>de</strong> VOT foram <strong>de</strong> 15,49 ms para abilabial; 17,13 ms, para a <strong>de</strong>ntal, e 33,90 ms para a velar.OS RÓTICOS NA ILHA DE SANTA CATARINAAna Kelly Borba da Silva (PGL-UFSC)À luz da Teoria da Variação e Mudança e da Fonética Acústica, preten<strong>de</strong>-se,neste estudo, investigar as marcas dialetais e sociais da língua falada na ilha<strong>de</strong> Santa Catarina (região sul do estado), <strong>de</strong>stacando as diferentes realizaçõesdos fonemas róticos, ou seja, da pronúncia dos “erres”. O corpus para apesquisa constitui-se <strong>de</strong> quatro entrevistas gravadas em estúdio cominformantes do sexo masculino nascidos em Florianópolis (capital <strong>de</strong> SantaCatarina). Apresentam-se como objetivos específicos: (i) analisar osaspectos fonético-acústicos dos róticos no falar florianopolitano e (ii)verificar as relações sócio-dialetais existentes no uso dos róticos na língua115

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