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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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DIA 31 DE OUTUBRO – SEXTA-FEIRAMesa 1 – Ensino-aprendizagem <strong>de</strong> línguas estrangeiras e formação <strong>de</strong>professoresEFEITOS COGNITIVOS POSITIVOS DO BILINGÜISMO E DAAPRENDIZAGEM DA L2Márcia C. Zimmer (UCPel)Uma das maiores tarefas com que as ciências cognitivas se <strong>de</strong>param é a <strong>de</strong><strong>de</strong>slindar e explicar a aquisição e o uso <strong>de</strong> uma língua (materna ouestrangeira), processos essencialmente humanos e que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m, em maiorou menor grau, <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> variáveis, todas <strong>de</strong> naturezacomplexa (DEKEYSER, 2005). Nesta fala, o alto grau <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong>com que essas variáveis se interrelacionam é visto <strong>de</strong>ntro do quadro teóricoconexionista, que parte do pressuposto <strong>de</strong> que a cognição em geral édinâmica, e <strong>de</strong> que essa dinamicida<strong>de</strong> caracteriza tanto a aquisição como ouso da língua estrangeira. Além disso, ao ressaltar as característicastemporais intrínsecas à noção <strong>de</strong> linguagem, o conexionismo assume odinamismo da temporalida<strong>de</strong> contínua da aquisição e do uso da linguagem,colocando em <strong>de</strong>staque a continuida<strong>de</strong> entre linguagem e processoscognitivos (SEIDENBERG & MACDONALD, 1999; MACDONALD &CHRISTIANSEN, 2002), entre memórias implícitas e explícitas(O’REILLY & NORMAN, 2005), entre processamento sensório e motor naprodução e percepção da fala (ALBANO, 2007), e entre memóriasprocedurais e <strong>de</strong>clarativas. Essa continuida<strong>de</strong> entre processamento cognitivoe lingüístico é muito bem ilustrada pelo bilingüismo. As diferentescompetências <strong>de</strong>senvolvidas nos diversos contextos <strong>de</strong> uso nas duas ou maislínguas faladas pelos indivíduos coloca em <strong>de</strong>staque o modo <strong>de</strong> ativação eprocessamento das línguas, que, segundo Grosjean (1999), constitui umcontinuum, que vai do modo monolíngüe ao modo bilíngüe, passando porvários estados intermediários <strong>de</strong> processamento e ativação das línguasusadas. Além disso, há diferenças individuais na habilida<strong>de</strong> com que osbi/multilíngües mudam o modo ao longo do contínuo. Tanto o bilingüismocomo o multilingüismo são dinâmicos, e não estáticos, pois o perfil dosbi/multilíngües mudam com o passar do tempo, à medida que progri<strong>de</strong>m nocontinuum. Evidências em estudos psicolingüísticos <strong>de</strong> processamento dalinguagem <strong>de</strong> adultos mostram que as duas línguas <strong>de</strong> um bilíngüepermanecem constantemente ativas durante o processamento <strong>de</strong> uma. Aativida<strong>de</strong> nos dois sistemas requer um mecanismo para manter as línguas emníveis <strong>de</strong> ativação suficientemente distintos para que se chegue a umaperformance fluente da língua em questão. Green (1998) propôs um mo<strong>de</strong>lobaseado no controle inibitório, no qual a língua não relevante em<strong>de</strong>terminado contexto é <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rada pelas funções do sistema executivo,usado para controlar a atenção e a inibição. Se esse mo<strong>de</strong>lo estiver correto,35

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