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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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Observa-se que, (i) na Região Metropolitana e em Cabo Frio, predomina avariante palatalizada em contexto tanto interno quanto externo,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dos segmentos adjacentes ao -S; (ii) nas <strong>de</strong>mais áreas, avariante alveolar constitui norma, embora, em Santa Maria Madalena, já seobserve que a variante palatalizada está em franco processo <strong>de</strong> difusão. Osresultados do MicroAFERJ permitem (1) concluir que a palatalização <strong>de</strong> S –fortemente condicionada por fatores <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m estrutural, como vêm<strong>de</strong>monstrando diversos outros estudos so<strong>br</strong>e o tema (cf., em especial, asíntese realizada por Mota, 2002) – ten<strong>de</strong> a generalizar-se na fala <strong>de</strong>localida<strong>de</strong>s cujos habitantes se encontram em maior interação com os dacida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro; (2) traçar – com o aporte dos dados <strong>de</strong> quatropontos <strong>de</strong> inquérito do AFeBG (Lima, 2006), que segue a mesmametodologia – uma isófona provisória que separa as áreas <strong>de</strong> –S fricativoalveolar das <strong>de</strong> –S fricativo palatalizado.O APROVEITAMENTO DOS DADOS DO ALIB EM CARTASFONÉTICASJacyra Andra<strong>de</strong> Mota (UFBA/CNPq)Para a constituição do corpus do Projeto Atlas Lingüístico do Brasil (ALiB)previu-se, além do questionário semântico-lexical, característico dostrabalhos <strong>de</strong> natureza geolingüística do século XX, questionáriosespecificamente dirigidos à obtenção <strong>de</strong> dados lingüísticos fonéticos(inclusive prosódicos), morfossintáticos, pragmáticos, metalingüísticos,<strong>de</strong>ntro da tendência atual <strong>de</strong> contemplar também outros níveis <strong>de</strong> estudo dalíngua. Os diferentes tipos <strong>de</strong> questionários, assim como as propostas <strong>de</strong>temas para a obtenção <strong>de</strong> discurso livre e <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> texto, apresentadasaos informantes, no final do inquérito, têm possibilitado número maior <strong>de</strong>informações e fornecido elementos para a análise da dimensão diafásica. Poroutro lado, a inclusão <strong>de</strong> informantes estratificados quanto ao gênero, àida<strong>de</strong> e, nas capitais, ao grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> acordo com os princípiosda Geolingüística Pluridimensional Contemporânea, tornou possível adocumentação <strong>de</strong> variantes diagenéricas, diageracionais e diastráticas, assimcomo a <strong>de</strong>preensão <strong>de</strong> mudanças em curso nas áreas analisadas.Apresentam-se, nesta comunicação, sugestões para o aproveitamento dosdados do ALiB, em cartas fonéticas, com utilização do questionáriofonético-fonológico (QFF) e o aproveitamento <strong>de</strong> respostas obtidas apropósito <strong>de</strong> outros questionários, a partir da análise dos oito inquéritosdocumentados em cada uma das capitais do Nor<strong>de</strong>ste (Salvador, Aracaju,Maceió, Recife, João Pessoa, Fortaleza, Natal e São Luís). Analisam-se,principalmente, as realizações para o /S/ em coda silábica, em posiçãomedial <strong>de</strong> vocábulos como fósforo, casca, estrada, rasgar, mesma, ou emfinal <strong>de</strong> palavra, como em luz, arroz, <strong>de</strong>z, temas, respectivamente, dasquestões 015, 031, 067, 088, 156, 009, 021 e 064 do QFF. As realizaçõesalveolares e palatais, nesse caso, distinguem, como <strong>de</strong>stacado por váriospesquisadores, subáreas dialetais no português do Brasil e as laríngeas396

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