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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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Nossa comunicação visa à observação <strong>de</strong> elementos 'supra-humanos',transcen<strong>de</strong>ntais, nas modulações da voz, fala, termos-frase, gestos e êxtasesinerentes à imagem divina que um pastor neopentecostal po<strong>de</strong> fornecer a fim<strong>de</strong> alçar o fiel que se põe a divinizá-lo. Partimos da observação <strong>de</strong> um dosaspectos mais interessantes da humanida<strong>de</strong>, que toma o sujeito em umaposição <strong>de</strong> projeção a outros sujeitos e que po<strong>de</strong> ser observado na alucinadabusca por “ídolos”, ou “<strong>de</strong>uses” humanos, estes últimos homens divinizados.No que diz respeito a esses “<strong>de</strong>uses”, “guardiões da fé das massas”, surgemem inúmeros locais sacros: nas catedrais da fé, nos templos neo-pentecostais.No entanto projetam-se também para outros lugares <strong>de</strong> enunciação, taiscomo nas programações <strong>de</strong> TV, novelas, jornais, no círculo das cele<strong>br</strong>ida<strong>de</strong>s,nos campos <strong>de</strong> futebol e no cenário político. Inseridos no discurso religioso,esses lí<strong>de</strong>res espirituais são <strong>de</strong>signados ou <strong>de</strong>signam-se pastores, padres,bispos, missionários, apóstolos, entre outros tantos títulos. Nesse contexto,nossa análise preten<strong>de</strong> mostrar um <strong>de</strong>slocamento do lugar do discursoreligioso como estratégia para arrebanhar um número maior <strong>de</strong> fiéis.AMEAÇA FEMININA: O DISCURSO FEMININO EM QUESTÃOLuciana Portella Kohlrausch (UFSM)A escritura <strong>de</strong> um texto transparece traços <strong>de</strong> quem o escreve. Isso ocorretanto nas idéias apresentadas quanto nas escolhas lingüísticas feitas pelosujeito autor do texto. As idéias apresentadas através <strong>de</strong> diálogos - porexemplo, em romances - são uma maneira <strong>de</strong> caracterizar o autor da o<strong>br</strong>a. Asegunda maneira foi eleita para sustentar esse trabalho. A caracterização dodiscurso será analisada a partir das escolhas lingüísticas utilizadas pelo autor.Mais precisamente, através das metaenunciações presentes no texto, ou seja,através das voltas que o autor faz no discurso para explicar sua enunciação.A análise será <strong>de</strong> um texto da escritora Clarice Lispector. Essa análise seráfeita a partir da teoria das heterogeneida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Jacqueline Authier-Revuz. Anossa hipótese é que os textos <strong>de</strong> Clarice sejam textos que <strong>de</strong>sacomo<strong>de</strong>mqualquer sujeito, pois parece que o que Clarice faz, com suas personagens, é<strong>de</strong>nunciar uma angústia constitutiva dos sujeitos ditos neuróticos, ou seja,dos sujeitos barrados. E o intento é a<strong>br</strong>anger, através do discurso, o quererfeminino, <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> uma falta, que po<strong>de</strong> ser reinventado ao invés <strong>de</strong> tentarser preenchido. Para esse objetivo, a intenção é analisar e interpretar odiscurso feminino, buscando pontos da materialida<strong>de</strong> lingüística que dêemindícios <strong>de</strong> como fala uma mulher. Essas materialida<strong>de</strong>s Authier-Revuz<strong>de</strong>monstra em seus achados. Ela chama <strong>de</strong> heterogeneida<strong>de</strong> constitutiva suateoria <strong>de</strong> que a linguagem não é um todo fechado e a heterogeneida<strong>de</strong>mostrada são essas não-coincidências do dizer que apresentam algumasvoltas na enunciação com o objetivo <strong>de</strong> explicá-la, ou seja, durante aenunciação, o locutor retoma o que foi dito para modificá-lo. Para<strong>de</strong>senvolver o trabalho, serão utilizado conceitos tanto da lingüística comoda psicanálise – Lingüística da enunciação <strong>de</strong> Authier-Revuz e psicanálisefreudo-lacaniana.306

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