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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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Émile Benveniste uma proposta <strong>de</strong> análise, sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> contemplar ointralingüístico, que possa ser aplicada no âmbito <strong>de</strong> uma o<strong>br</strong>a (cf. indicadono texto <strong>de</strong> 1969, “Semiologia da Língua”). Na análise, a psicanálise éconvocada a interferir <strong>de</strong> dois modos: (1) na <strong>de</strong>scrição da materialida<strong>de</strong>lingüística, a partir da consi<strong>de</strong>ração da hipótese do inconsciente, interferindono modo como o analista olha para os fatos <strong>de</strong> linguagem, isto é, na escutada palavra em busca <strong>de</strong> um sujeito que se constitui como efeito daenunciação; (2) na busca <strong>de</strong> colocar a análise “micro” numa dimensão“macro”, ou seja, em correspondência com o que se passa no laço social, apartir do apoio em psicanalistas que trabalham o sujeito do inconscientecomo sujeito social – Jurandir F. Costa, Maria Rita Kehl, Joel Birman, entreoutros. Isso porque, segundo Kehl (2005), o social e a subjetivida<strong>de</strong>apresentam estreita relação na medida em que a subjetivida<strong>de</strong> não é umadimensão do indivíduo: ela é atravessada pelo que acontece no laço social.A LÍNGUA SOB UM OLHAR ENUNCIATIVOClaudia Stumpf Toldo (UPF)O presente trabalho tem como objetivo principal o estudo dos efeitos <strong>de</strong>sentido <strong>de</strong> algumas entida<strong>de</strong>s lexicais previstas no sistema lingüístico, e quepo<strong>de</strong>m ser explicados a partir <strong>de</strong> seu funcionamento em textos/discursos.Ressaltamos a pertinência do tema a ser abordado, na medida em que esteestudo prioriza a análise do sentido na linguagem em uso, ou seja, nodiscurso. Sabemos que a ativida<strong>de</strong> voltada para a <strong>de</strong>scrição dofuncionamento da língua, <strong>de</strong> forma isolada, não contribui para o<strong>de</strong>senvolvimento das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uso da língua. Isso será feito com baseem diferentes teorias enunciativas, principalmente, as abordagens propostaspor Benveniste e Ducrot. Cabe lem<strong>br</strong>armos que é através da língua queconstruímos a cultura, construímos mundos, criamos e (re) criamosrealida<strong>de</strong>s e tornamos nossas posições conhecidas. Assim, a língua está àdisposição do homem, a serviço do homem. E é a linguagem em uso, ou seja,o texto/discurso, que possibilita conhecermos o homem que vive e atua emsocieda<strong>de</strong>. Sendo assim, não basta saber o que significa ou como seclassifica cada uma das unida<strong>de</strong>s da língua que compõem um enunciado,mas é preciso perceber que relações essas unida<strong>de</strong>s do sistema lingüísticomantém com outras unida<strong>de</strong>s em dada situação <strong>de</strong> uso.A REFERÊNCIA AOS ESTUDOS DA ENUNCIAÇÃO NO BRASILKarina Giacomelli (UNIPAMPA)A enunciação po<strong>de</strong> ser pensada como um dos primeiros domínios do estudoda linguagem que escapou ao formalismo, à imanência do sistemasaussuriano, fazendo parte, por isso, <strong>de</strong> diversas correntes que estudam o usoda linguagem: a pragmática lingüística, a semiótica, a análise <strong>de</strong> discurso,por exemplo. Po<strong>de</strong>-se, ainda, tomá-la como um domínio mais específico, noqual a enunciação é, ela mesma, objeto <strong>de</strong> estudo, como nas teorias <strong>de</strong>173

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