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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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SOBRE O USO DE DICIONÁRIOSHerbert Andreas Welker (UnB)Todo aprendiz <strong>de</strong> línguas, todo professor <strong>de</strong> línguas, todo tradutor - além <strong>de</strong>outras pessoas - consultam dicionários, com maior ou menor freqüência.Mesmo assim, o assunto "dicionários" é muito pouco <strong>de</strong>batido no ensino <strong>de</strong>línguas e em geral, e, consi<strong>de</strong>rando-se todos os países do mundo,existem poucas pesquisas so<strong>br</strong>e seu uso (em média, pouco mais <strong>de</strong> uma).Nesta apresentação, é dada uma <strong>br</strong>eve visão geral do tema "uso <strong>de</strong>dicionários". São citadas algumas opiniões a favor do uso e sãomencionados livros so<strong>br</strong>e o ensino <strong>de</strong> línguas nos quais falta qualquermenção às o<strong>br</strong>as lexicográficas. A maior parte é <strong>de</strong>dicada às pesquisas so<strong>br</strong>eo uso <strong>de</strong> dicionários (tanto no Brasil quanto no mundo), mostrando-se osdiversos métodos empregados, os assuntos estudados, problemas eresultados gerais.OS DICIONÁRIOS DE FALSOS AMIGOSFélix B. Miranda (UFRGS)A lexicografia <strong>de</strong> falsos amigos encontra se em uma situação muitoparticular. Por um lado, esse fenômeno léxico chama a atenção pelos valoresinusitados que co<strong>br</strong>am algumas palavras <strong>de</strong> uma língua estrangeira quandocomparadas com as da nossa língua materna ou alguma outra língua queconheçamos. Por outro lado, os dicionários <strong>de</strong> falsos amigos aparecemsempre implicitamente protelados a um segundo lugar em relação aosdicionários bilíngües. Em função <strong>de</strong>sses fatores, os dicionários <strong>de</strong> falsosamigos, enquanto fenótipos, isto é, manifestações reais <strong>de</strong> uma o<strong>br</strong>adicionarística, apresentam problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho que acabamcomprometendo a sua qualida<strong>de</strong>. Assim, por exemplo, é muito comumregistrarem curiosida<strong>de</strong>s lingüísticas em lugar <strong>de</strong> fatos funcionais. Essescasos constituem o que chamamos <strong>de</strong> informações não discretas. Salienta-setambém que o tratamento lexicográfico <strong>de</strong>sses fenômenos é feito a partir <strong>de</strong>duas premissas erradas. Em primeiro lugar, é comum que a disposição dosverbetes siga o mo<strong>de</strong>lo do verbete do dicionário bilíngüe. Em segundo lugar,implicitamente, não se reconhece princípio do “anissomorfismo lingüístico”,coisa que tampouco leva em conta, aliás, em gran<strong>de</strong> parte da lexicografiabilíngüe. O objetivo do presente trabalho é fazer uma exposição so<strong>br</strong>e ofenômeno dos falsos amigos, tanto do ponto <strong>de</strong> vista lexicológico como doponto <strong>de</strong> vista (meta)lexicográfico. Essa dupla perspectiva se justifica, já queas relações formais e <strong>de</strong> conteúdo entre duas palavras <strong>de</strong> estrutura fonológicaanáloga ou idêntica são muito mais complexas do que normalmente se possapensar. Como suporte metodológico, serão empregados princípios <strong>de</strong>lingüística geral, tais como as distinções entre sincronia e diacronia, umaconcepção diassitêmica da língua, e princípios <strong>de</strong> estruturaçãometalexicográficos. Esses princípios têm sido por nós empregados naredação <strong>de</strong> um dicionário <strong>de</strong> falsos amigos espanhol-português, mas po<strong>de</strong>m26

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