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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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semântica marcada entre tais trechos. Os outros 3 enunciados apresentavamrelação semântica fortemente marcada apenas entre A’ e H. Para este sujeito,os dados encontrados apontam para o fato <strong>de</strong> as hesitações, muito mais doque resultantes <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s motoras causadas pela doença, mostrarem-secomo momentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamentos no dizer, nos quais conflitos e tensõesenvolvendo vários planos da linguagem (como o fonético-fonológico, osemântico, o enunciativo e o discursivo), relacionados com o discurso queatravessa e constitui o sujeito, são escancarados. As marcas hesitativasconteriam, portanto, pistas <strong>de</strong> conflitos que constituem o sujeito e que foram,<strong>de</strong> alguma forma, reprimidos. Os resultados a que chegamos com essesujeito suscitam a curiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verificarmos, numa análise comparativaentre mais sujeitos parkinsonianos e sujeitos sem lesão neurológica, em quemedida os dados obtidos remetem a fatos que a doença mobilizaria nossujeitos, ou a fatos que são característicos da própria subjetivida<strong>de</strong> (e não<strong>de</strong>correntes apenas da condição <strong>de</strong> parkinsoniano, como se verifica naliteratura biomédica).“O QUE SIGNIFICA SER MELHOR?”: COTAS RACIAIS EMARTIGOS DE OPINIÃO SOB UMA PERSPECTIVA ENUNCIATIVADA LINGUAGEMGa<strong>br</strong>iela Barboza (UFSM)A aprovação das cotas raciais nas universida<strong>de</strong>s públicas tem geradoinúmeras polêmicas em todos os âmbitos da socieda<strong>de</strong>. Dívida histórica esocial? Racismo? Democracia racial <strong>br</strong>asileira? A partir da criação <strong>de</strong>sseespaço <strong>de</strong> conflitos i<strong>de</strong>ológicos, propomo-nos a <strong>de</strong>senvolver um estudoacerca das representações lingüísticas que a enunciação oferece do sujeitoaprovado no concurso vestibular por meio <strong>de</strong> cotas. Para isso, teremos comoalicerce fundamental a teoria enunciativa <strong>de</strong> Émile Benveniste,principalmente em seus postulados so<strong>br</strong>e os indicadores <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong> nalinguagem, ou dêiticos. Enten<strong>de</strong>mos que a noção <strong>de</strong> dêixis é fundamentalpara os estudos enunciativos. A categoria contém elementos, que são, muitomais que outros signos, próprios do ato <strong>de</strong> dizer, no entendimento <strong>de</strong> que asua existência e os seus sentidos são promovidos a partir <strong>de</strong> uma referênciaao contexto discursivo em que se apresentam. Ao tomar essas formas dalíngua, o sujeito dá-lhes vida, conquistando, simultaneamente, apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interação com o outro e a sua assunção enquanto sujeito,uma vez que ele próprio testemunha sua existência ao proferir EU para umTU. Partindo do pressuposto que a enunciação é o lugar <strong>de</strong> instauração dosujeito, procuraremos i<strong>de</strong>ntificar como a marcação da subjetivida<strong>de</strong> semanifesta em artigos <strong>de</strong> opinião, <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Juremir Machado da Silva,divulgados na mídia impressa, especificamente no jornal Correio do Povo noperíodo <strong>de</strong> janeiro a fevereiro <strong>de</strong> 2008, bem como investigar <strong>de</strong> que efeitos<strong>de</strong> sentido a presença <strong>de</strong>ssa categoria é diretamente responsável no discurso.Buscaremos verificar, a partir dos resultados, para que sentido asrepresentações lingüísticas apontam: para a reafirmação da discriminação423

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